Número de candidatas em eleições gerais é o maior em duas décadas

Ao menos desde 2002, as eleições gerais não registram uma participação feminina tão expressiva, seja em números absolutos, com 9.239 candidatas, ou em proporção do total, com 33,81% das candidaturas aptas sendo de mulheres.

Os dados, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levam em consideração somente as candidaturas aptas, ou seja, aquelas que atenderam a todos os critérios legais e formais e foram deferidas pela Justiça Eleitoral.

Em 2018, por exemplo, quando já valia a imposição aos partidos de que ao menos 30% de candidaturas femininas, as mulheres representaram 31% (8.075) dos candidatos aptos a receber votos. Em 2014, essa proporção foi de 28,81% (6.331).

Os números refletem até mesmo na corrida presidencial, em que há quatro mulheres na disputa pelo Planalto. Ao menos desde 2002 não há um número tão expressivo de mulheres disputando cargos eletivos.

Neste ano há também um recorde de candidatas que se declararam negras. São 1.706 que tiveram o registro deferidos, 18,47% de todas as candidaturas femininas. Em 2018 esse número era de 1.086, e de 647 em 2014.

O mesmo ocorre com as que se declararam indígenas, que são 77 neste ano, acima dos 48 de 2018 e de apenas 25 em 2014.

No total, as Eleições 2022 têm 27.329 candidaturas aptas, que disputam cargos para presidente, governador, deputado federal e deputado estadual.

O primeiro turno de votação está marcado para 2 de outubro. Eventual segundo turno para os cargos de presidente e governador ocorrerá em 30 de outubro.

Presidente do Banco Mundial tem renúncia pedida após polêmica sobre mudanças climáticas.

Pedidos de renúncia do presidente do Banco Mundial, David Malpass, surgiram nesta quarta-feira (21), depois que ele se recusou a comentar o impacto dos combustíveis fósseis sobre o aquecimento global em um evento em Nova York.

Questionado numa mesa redonda dedicada ao financiamento da luta contra as alterações climáticas, Malpass recusou-se a dar uma resposta.

“Você aceita o consenso científico de que o uso de combustíveis fósseis superaquece perigosa e rapidamente o planeta?”, perguntou o moderador do evento, ao qual o chefe do Banco Mundial se recusou a responder.

A mesa redonda, organizada na terça-feira pelo The New York Times, decorreu no âmbito da Semana do Clima em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU.

Depois de várias perguntas para saber se ele reconhecia o fato de que os combustíveis fósseis tinham um impacto real no aquecimento global, finalmente, sob pressão do público, Malpass declarou que não sabia.

“Não sou cientista”, justificou-se Malpass, preferindo destacar o “enorme esforço” feito pelo Banco Mundial para ajudar o financiamento contra a mudança climática.

Seu comentário provocou inúmeras reações de ONGs especializadas, que solicitaram sua demissão.

“O Banco Mundial não pode ser dirigido por um cético (das mudanças) do clima. O presidente (americano Joe) Biden e a diretoria da instituição devem licenciá-lo imediatamente”, afirmou Luísa Galvão, da associação Amigos da Terra, em comunicado.

“Com Malpass no comando, o Banco Mundial não pode ser confiável como um aliado do desenvolvimento sustentável”, disse Bronwen Tucker, da Oil Change International.

O Banco Mundial não respondeu aos pedidos de comentários da AFP.

No dia anterior, o ex-vice-presidente americano Al Gore acusou Malpass de ser um “cético das mudanças climáticas”, estimando que ele foi incapaz de melhorar o financiamento de projetos climáticos em países em desenvolvimento.

Considerado um fiel apoiador do ex-presidente dos americanos Donald Trump, que propôs sua candidatura, Malpass foi eleito presidente do Banco Mundial em abril de 2019.

Fonte: AFP

Economia brasileira cresceu 0,6% em julho, aponta FGV

A atividade econômica do Brasil cresceu 0,6% em julho frente ao mês anterior, aponta o Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Na comparação com o mesmo mês de 2021, a economia cresceu 3,1%, segundo o levantamento, que antecipa dados sobre o desempenho da economia brasileira.

O dado é inferior à previsão do Banco Central, que estimou uma expansão de 1,17% na economia brasileira em julho na comparação com o mês anterior.

Fonte: Portal G1

Vendas de motocicletas têm queda de 2,3% em outubro

A quantidade de motocicletas vendidas no mês de outubro no país totalizou 96.114 unidades, resultado 2,3% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, e 3,5% inferior a setembro de 2020. No acumulado do ano, as vendas totalizaram 726.973 motocicletas, 18,8% a menos em relação ao mesmo período de 2019. Os dados, divulgados hoje (12), são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

As exportações de motos totalizaram 2.330 unidades em outubro, 35,7% a menos que em setembro, e 26% abaixo do registrado no mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, os embarques de motocicletas para o mercado externo somaram 25.983 unidades, uma redução de 19,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Produção

As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram 90.880 motocicletas em outubro. O volume representa uma queda de 13,5% na comparação com setembro e de 16,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a outubro, foram produzidas 784.421 motocicletas, retração de 17% na comparação com o mesmo período de 2019.

Foto: Agência Brasil

Desemprego subiu 27,6% em quatro meses de pandemia

A população desocupada no Brasil, que era de 10,1 milhões em maio, passou para 12,3 milhões em julho, e, em agosto, atingiu 12,9 milhões de pessoas, um aumento de 27,6% desde maio. A taxa de desocupação aumentou em 0,5 ponto percentual de julho para agosto, passando de 13,1% para 13,6%.

Os dados constam da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19) , divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, a Pnad Covid-19 estimou a população ocupada do país em 84,4 milhões de pessoas, com aumento de 0,8% em relação a julho, mas ainda acumulando redução de 2,7% em relação a maio.

A Região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada (2,3%). As regiões Nordeste, com 14,3%, e Norte, com 10,3%, apresentaram as maiores variações.

A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2%, maior que a dos homens, com 11,7%, sendo que a diferença também foi verificada em todas as grandes regiões. Por cor ou raça, no Brasil e em todas as grandes regiões, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (15,4%) do que para brancos (11,5%).

Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores, de 23,3% para aqueles de 14 a 29 anos de idade. Por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas, 6,8%.

Auxílio emergencial

Em agosto, o percentual de domicílios onde pelo menos um dos moradores recebeu algum auxílio para combater os efeitos da pandemia foi de 43,9% no país, sendo que as maiores proporções estavam no Norte (61%) e no Nordeste (59,1%). O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 901 por domicílio.

Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e a complementação do governo federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

O Amapá, com 71,4%, foi o estado com maior proporção de domicílios onde um dos moradores é beneficiário de programa de auxílio emergencial, seguido de Maranhão, com 65,5%, e Pará, 64,5%.

“Esse índice ficou estável em praticamente todos os estados. O total de domicílios que receberam auxílio teve um aumento grande de maio para junho e, de junho para julho, praticamente não cresceu, ficando estável em agosto”, disse, em nota, a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

Testes

Até agosto, 17,9 milhões de pessoas, 8,5% da população, haviam feito o teste de diagnóstico para saber se estavam infectadas pelo novo coronavírus (covid-19) no Brasil. Destas, 21,6%, o equivalente a 3,9 milhões de pessoas, testaram positivo.

Segundo a coordenadora da pesquisa, uma maior disponibilidade de testes e, consequentemente, um maior acesso a eles por parte da população podem justificar o aumento no número de pessoas que estão fazendo o exame. “Como a pandemia não acabou, é natural que aumente esse número, inclusive entre as pessoas que não tiveram sintomas, mas que tiveram contato com alguém que teve covid-19 e fizeram o teste para se certificar”, explicou.

De acordo com o IBGE, o percentual de realização dos testes para diagnóstico da doença é maior entre as pessoas com rendimentos mais altos, chegando a 21,7% no grupo de rendimento domiciliar per capita acima de quatro salários mínimos e ficando abaixo de 5% entre as pessoas que ganham até meio salário mínimo.

“Quem tem condições de fazer o exame para descartar a possibilidade [de estar com a doença] já faz nos laboratórios. Não existem indícios de que há mais contaminação entre os que têm mais renda, mas a gente tem mais pessoas fazendo o teste entre aqueles que possuem mais renda”, disse a pesquisadora.

A pesquisa aborda três tipos de testes: o Swab, exame em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz; o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo; e o exame com sangue retirado na veia do braço. Dos 17,9 milhões de pessoas que fizeram o teste, 6,9 milhões fizeram Swab e, desses, 25,2% testaram positivo.

O Distrito Federal (19,4%) foi a unidade da federação com maior percentual de testes realizados, seguido por Piauí (14,4%) e Roraima (12%). “Dos 19,4% que fizeram o teste no Distrito Federal, só 4,1% testaram positivo. Então esse dado mostra que mais pessoas estão fazendo o teste do que, de fato, recebendo o diagnóstico da doença”, disse Maria Lucia.

Pernambuco (5,8%), Acre (6%) e Minas Gerais (6,1%) registraram os menores percentuais de realização de testes.

Apesar do aumento no número de pessoas que fizeram os testes, o contingente daqueles que relataram ter algum sintoma de síndromes gripais diminuiu. Em maio, 24 milhões de pessoas afirmavam ter algum dos sintomas abordados pela pesquisa, como tosse, febre e dificuldade para respirar. Em agosto, esse número caiu para 12,1 milhões, o que representa 5,7% da população.

“Agora, as pessoas que tiveram contato com outras que estiveram doentes têm mais oportunidades de tirar a prova para saber se também foram contaminadas ou não. Então tem muita gente que fez o teste sem apresentar sintoma nenhum”, informou Maria Lucia.

Foto: Agência Brasil

Lucro líquido da Caixa cai 39,3% para R$ 2,6 bi no segundo trimestre

A Caixa registrou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 16,1% em relação ao período anterior. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a queda chegou a 39,3%.

No semestre, o lucro líquido ficou em R$ 5,6 bilhões, queda de 31% na comparação com igual período de 2019. O resultado do segundo trimestre foi divulgado hoje (26) pelo banco.

A provisão para devedores duvidosos chegou a R$ 2,8 bilhões, aumento de 40% em relação ao primeiro trimestre.

Segundo o banco, as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias registraram R$ 11,2 bilhões no primeiro semestre, e apresentaram uma redução de 15,1% em 12 meses, impactada, principalmente, pelas reduções de 26,7% em serviços de governo, principalmente do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 14,8% em receitas de conta corrente, 10,7% em fundos de investimento e de 10,4% em convênio e cobrança, essa redução foi compensada parcialmente pelo crescimento de 12,9% em crédito.

As despesas administrativas totalizaram R$ 16,2 bilhões no primeiro semestre, ante R$ 16,3 bilhões no mesmo período do ano anterior, impactado principalmente pela redução de 1,1% nas despesas de pessoal.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampla (empréstimos mais as operações com títulos, valores mobiliários privados e garantias) da Caixa fechou com saldo de R$ 720,1 bilhões em junho de 2020. O aumento de 8,3% nas contratações de crédito impulsionou o crescimento de 5,5% no saldo da carteira em relação ao segundo trimestre de 2019, influenciado principalmente pelos aumentos de 7,2% em habitação, 34,3% em crédito rural, de 2,6% em saneamento e infraestrutura, de 1,1% em crédito comercial para pessoa física e de 6,3% na carteira comercial para pessoa jurídica.

Somente no segundo trimestre, o banco contratou mais de R$ 100 bilhões em crédito, valor 10,5% superior ao primeiro trimestre de 2020.

Crédito imobiliário

O saldo da carteira de crédito habitacional cresceu 7,2% em 12 meses e chegou a R$ 484,7 bilhões em junho de 2020, dos quais R$ 302,2 bilhões foram concedidos com recursos do FGTS e R$ 182,4 bilhões com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A Caixa detém a liderança desse mercado com recursos do SBPE, com 69,3% de participação.

No primeiro semestre de 2020, foram contratados R$ 28 bilhões no Programa Minha Casa Minha Vida, o equivalente a 153,4 mil unidades habitacionais.

Medidas contra impactos da covid-19

Caixa informou que pagou R$ 173,4 bilhões de auxílio emergencial a 66,9 milhões de brasileiros beneficiados, até o dia 25 de agosto.

O público total do saque emergencial do FGTS é de 60 milhões de pessoas, com valor de R$ 37,8 bilhões em pagamentos. Até 24 de agosto, R$ 18,3 bilhões foram pagos a 23,8 milhões de trabalhadores. O limite de saque por pessoa é de R$ 1.045.

No caso do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), a Caixa informa que pagou R$ 11,1 bilhões para mais de 4,8 milhões de trabalhadores. O BEm é voltado aos trabalhadores que tiveram redução proporcional de jornada de trabalho e de salários ou a suspensão temporária do contrato de trabalho.

A Caixa informa também que atendeu mais de 86,5 mil empresas por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe).

Até 21 de agosto, no Pronampe, a Caixa concedeu o montante de R$ 7,3 bilhões a mais de 57,9 mil empresas, e no Fampe, concedeu R$ 2,2 bilhões, atendendo a mais de 28,6 mil pessoas jurídicas.

Foto: Agência Brasil

Lucro do FGTS será depositado nas contas em 31 de agosto; entenda

Trabalhador vai ter depositado em sua conta do FGTS R$ 1,90 para cada R$ 100 que ele tinha no fundo no dia 31 de dezembro. Conselho do fundo aprovou distribuição de R$ 7,5 bilhões aos trabalhadores, aumentando rendimento para 4,90% em 2019.

Os trabalhadores com conta no FGTS vão receber no próximo dia 31 de agosto uma parcela do lucro obtido pelo fundo em 2019. O pagamento foi autorizado nesta terça-feira (11) pelo Conselho Curador do FGTS.

Quanto será distribuído

Ao todo, serão distribuídos R$ 7,5 bilhões aos trabalhadores, valor equivalente a 66,2% do lucro do FGTS no ano passado. Esse dinheiro será distribuído de forma proporcional ao saldo das contas vinculadas.

Como fica o rendimento

Por lei, o FGTS tem rendimento de 3% ao ano. Com a distribuição dos lucros, o rendimento referente a 2019 passa para 4,9%.

Assim, sem essa remuneração, para cada R$ 100,00 que o trabalhador tinha na conta no início de 2019, teria R$ 103 ao final do período. Com a distribuição dos lucros, o saldo passa a R$ 104,90.

Na prática, o trabalhador vai ter depositado em sua conta do FGTS, no dia 31 de agosto, R$ 1,90 para cada R$ 100 que ele tinha no fundo no dia 31 de dezembro.

Segundo informou a Caixa, são cerca de 167 milhões de contas, ativas e inativas, que receberão crédito da distribuição de resultados. O valor médio distribuído por conta FGTS será de R$ 45.

Os trabalhadores poderão consultar o valor do crédito a partir de 31 de agosto no APP FGTS, site da caixa (fgts.caixa.gov.br) ou internet Banking Caixa.

Como fica para quem sacou o FGTS?

Embora seja pago em agosto de 2020, o rendimento é referente a 2019. Assim, os depósitos serão feitos considerando o valor nas contas em 31 de dezembro de 2019. Quem sacou depois disso (por ter sido demitido ou para compra da casa própria, por exemplo), não perde o rendimento.

Já quem fez saque antes da virada do ano vai receber só proporcionalmente ao dinheiro que tinha na conta no último dia do ano passado.

Como sacar

O rendimento extra será depositado nas próprias contas do FGTS dos trabalhadores. A forma de saque e os pré-requisitos para retirar o dinheiro não se alteram com o novo depósito por parte do fundo.

As regras continuam as mesmas: em que apenas trabalhadores demitidos sem justa causa, que terminaram contrato por prazo determinado, deem entrada em moradia própria ou na aposentadoria têm acesso ao saldo total.

Em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus, o governo também autorizou o saque extraordinário do FGTS, no valor de até R$ 1.045. Começou a valer também uma nova modalidade: o saque-aniversário, que permite saques anuais – e tira a possibilidade de saque total em caso de rescisão.

Rendimento acima da poupança

Com a distribuição de parte do lucro do FGTS aos trabalhadores, o rendimento dos recursos nas contas dos trabalhadores no FGTS ficará superior à caderneta de poupança, que rendeu 4,26%, e também à inflação – que teve alta de 4,31% em 2019.

No ano passado, a bolsa brasileira foi a aplicação financeira que apresentou o maior retorno, superando até mesmo o investimento em ouro.

Anos anteriores

Não é a primeira vez que o Conselho Curador distribui o rendimento do FGTS aos trabalhadores. No ano passado foi distribuído 100% do lucro do fundo de 2018, levando a rentabilidade das contas do FGTS para próximo dos 6%.

Em 2017, a mesma lei que liberou os saques das contas inativas do fundo também determinou a distribuição de 50% do lucro do fundo.

Entenda o FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Assim, o trabalhador pode ter mais de uma conta de FGTS, incluindo a do emprego atual e dos anteriores.

Até o dia 7 de cada mês, os empregadores devem depositar em contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Quando a data não cair em dia útil, o recolhimento deve ser antecipado.

Para os contratos de trabalho de aprendizagem, o percentual é reduzido para 2%. No caso de trabalhador doméstico, o recolhimento é correspondente a 11,2%, sendo 8% a título de depósito mensal e 3,2% a título de antecipação do recolhimento rescisório. O FGTS é pago sobre salários, abonos, adicionais, gorjetas, aviso prévio, comissões e 13º salário.

Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, ele tem direito a receber o saldo do FGTS que foi depositado pelo empregador durante a vigência do contrato de trabalho mais a multa rescisória de 40% em cima desse valor total.

A reforma trabalhista criou a possibilidade da demissão por comum acordo, que dá direito ao trabalhador de sacar 80% do que foi depositado de FGTS e a 20% da multa rescisória sobre o valor total (e não sobre os 80%). Os 20% que não forem sacados poderão ser retirados dentro das regras gerais de saques do fundo.

Foto: Agência Brasil

Textron Aviation anuncia seu novo turbo-hélice: o King Air 360/360ER



Trata-se de uma evolução do modelo 350i, e contará com aprimoramentos no cockpit e cabine, além de novas opções de acabamento para o interior da aeronave.

A Textron Inc., representada com exclusividade no Brasil pela TAM Aviação Executiva, anunciou nesta terça-feira (4) o novo King Air 360/360ER – modelo que faz parte da lendária família de turbo-hélices mais vendida no Brasil e no mundo. A aeronave é uma evolução do King Air 350i e, com esta atualização, oferecerá os mais recentes avanços tecnológicos no cockpit, uma cabine redesenhada e ainda mais conforto aos passageiros. O modelo estará disponível ao mercado americano já em 2020 e, no Brasil, em 2021.

 “O Beechcraft King Air 360 é resultado de décadas de tradição e confiabilidade da família King Air, e essa atualização inaugura a próxima geração desta família, com os mais avançados recursos, trazendo uma experiência de voo aprimorada para passageiros e tripulantes”, disse Ron Draper, presidente e CEO da Textron Aviation. “Além disso, o projeto desta aeronave também é fruto de inúmeras conversas com nossos clientes de turbo-hélice em todo o mundo, e, por meio das novas tecnologias empregadas, conseguimos ajudá-los a realizar suas variadas missões com maior conforto e facilidade”, acrescenta.

No Brasil, o King Air é sucesso de vendas. De acordo com o presidente da TAM AE, Leonardo Fiuza, há boas expectativas. “Os modelos KingAir representam 46% das nossas vendas. Por serem essenciais, sobretudo para o setor de agronegócio, devido a sua capacidade de transportar muita carga, versatilidade e o fato de decolar e pousar em pistas curtas e não preparadas, esses modelos já estão no gosto dos brasileiros, e certamente o King Air 360 será muito bem recebido aqui”.

Atualizações do cockpit

Uma das principais evoluções do King Air 360 é o Autothrottle de série, gerenciando automaticamente a potência do motor desde a decolagem, fase de cruzeiro, descida e pouso, o que faz com que os pilotos tenham mais segurança durante o voo. Além disso, o sistema controla a potência ideal automaticamente, com monitoramento de parâmetros como rotação, torque e temperatura.

Outra atualização importante no cockpit é o novo sistema de pressurização digital, que ajusta automaticamente a pressão da cabine durante a subida e descida, reduzindo a carga de trabalho dos pilotos e aumentando o conforto geral do passageiro. Os indicadores do sistema foram integrados à respeitada suíte de aviônicos Collins Aerospace Pro Line Fusion.

Atualizações de cabine

Com capacidade para até nove passageiros, o mais recente King Air oferece uma experiência ainda melhor do que o seu antecessor.

Com a pressurização digital, a aeronave apresenta uma altitude de cabine de 5.960 pés a uma altitude de cruzeiro típica de 27.000 pés – mais de 10% menor quando comparado ao King Air 350i. Os níveis aprimorados de altitude da cabine proporcionam maior conforto aos passageiros, especialmente em voos mais longos.

Novo interior

O interior do King 360 foi totalmente redesenhado e tem um visual impressionante, com armários personalizados, novas poltronas, novas opções de cor e novo desenho das mesas e porta-copos. Outras comodidades que são padrão em toda a linha King Air incluem mesas de trabalho extensíveis, tomadas de energia padrão e de carregamento USB e um lavatório traseiro privado.

Família King Air – Número 1 em vendas

Aproximadamente 7.600 aeronaves King Air foram entregues desde 1964. Trata-se do maior sucesso de vendas de uma família de turbo-hélice no mundo. Sua frota mundial ultrapassou 62 milhões de horas de voo em seus 56 anos, cumprindo todas as suas missões, desde aquelas voltadas às forças públicas até às missões comerciais por todo mundo.

Sobre a TAM Aviação Executiva

A número 1 na comercialização de aeronaves executivas, a TAM Aviação Executiva foi constituída há mais de 55 anos, sob o nome de Táxi Aéreo Marília. Atua no Brasil como representante exclusiva da Cessna, desde 1982; da Bell, desde 2004; da FlightSafety International, desde 2003; e da Beechcraft, a partir de 2016. A empresa oferece o mais versátil e abrangente portfólio de produtos da aviação geral no país, com destaque para manutenção de aeronaves (no maior parque de manutenção de aeronaves executivas da América Latina), FBO doméstico e internacional, vendas de treinamento, administração, gerenciamento e fretamento de aeronaves.



Dívida Pública Federal sobe 3,27% em junho e vai para R$ 4,39 trilhões

A melhoria das condições de mercado e o aumento das emissões permitiu que o endividamento do governo subisse pelo segundo mês seguido. A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, subiu, em termos nominais, 3,27% em junho, na comparação com maio, informou hoje (29) a Secretaria do Tesouro Nacional. O estoque passou de R$ 4,251 trilhões para R$ 4,39 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, subiu 2,93% em junho, passando de R$ 4,033 trilhões para R$ 4,151 trilhões.

A alta deve-se, segundo o Tesouro, à emissão líquida de R$ 99,18 bilhões na DPMFi. Além disso, houve a apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 18,8 bilhões. A emissão líquida de títulos da Dívida Pública Mobiliária Interna deu-se pela diferença entre o total de novos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional – R$ 101,59 bilhões – em relação ao volume de títulos resgatados (embolsado pelos investidores), que somou R$ 2,41 bilhões.

Por causa da volatilidade do mercado provocada pela pandemia, o Tesouro tinha feito menos leilões em março e maio para não aceitar as taxas pedidas pelos investidores. No entanto, a melhoria das condições de mercado permitiu ao Tesouro retomar as emissões nos últimos dois meses, principalmente de papéis prefixados e vinculados à taxa Selic.

Mercado externo

A emissão de US$ 3,5 bilhões no mercado internacional no início de junho fez o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em circulação no mercado internacional, subir 9,65%, de R$ 218 bilhões em maio para R$ 239,03 bilhões em junho. Também contribuiu para a alta a valorização de 0,92% no dólar observada no mês passado.

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.

Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. A redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos, como se observou ao longo do último mês.

Este ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2020, apresentado em janeiro.

Detentores

As instituições financeiras foram as principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 27,47% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 25,79%, e os fundos de pensão, com 24,47%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Com a retirada de recursos de investidores internacionais do Brasil, decorrente da crise econômica, a participação dos não residentes (estrangeiros) caiu, atingindo 9,09% em junho. Este é o menor percentual de estrangeiros na dívida interna desde 2009. Os demais grupos somam 13,19% de participação, segundo os dados apurados no mês.

Composição

Quanto à composição da DPF de acordo com os tipos de títulos, a fatia dos papéis corrigidos por taxas flutuantes caiu levemente, de 38,85% para 38,23% do total da dívida. Em seguida, vieram os papéis prefixados, cuja participação aumentou de 29,41% para 30,11%, devido principalmente à elevada emissão líquida no mês. Em junho, o Tesouro emitiu R$ 62,57 bilhões de papéis prefixados a mais do que resgatou.

A participação dos papéis corrigidos pela inflação caiu de 26,3% para 25,9% por causa do baixo volume de emissões comparados aos demais tipos de papéis. Os títulos do grupo cambial, que sofrem variação com base na taxa de câmbio, tiveram sua participação reduzida de 5,44% para 5,76% do montante total da DPF, principalmente por causa da pequena alta do dólar no mês passado e da emissão de papéis brasileiros no mercado externo no início de junho.

Foto: Agência Brasil

População de Farroupilha ainda aguarda retomada do projeto “Cidade Inteligente”

A Prefeitura de Farroupilha decidiu de forma unilateral suspender o contrato assinado em agosto do ano passado com a GigaCom, o maior fornecedor de redes privadas de telecomunicações no Brasil, que faria do município da Serra Gaúcha uma cidade inteligente. O projeto que poderia permitir a interligação de todas as escolas municipais, unidades de saúde e órgãos administrativos, possibilitando a sua total integração em voz, áudio, imagem, vídeo e dados com alta capacidade e velocidade de transmissão de dados, já foi suspenso duas vezes. A população que seria beneficiada com a tecnologia, especialmente em tempos de isolamento social e restrições de mobilidade, ainda não pode experimentar as vantagens de se viver em uma cidade inteligente.

Em plena pandemia de Covid-19, ter essa infraestrutura à disposição permitiria – só na área de educação, uma das mais afetadas pela pandemia – aulas a distância, abertura de novos turnos, atividades de reforço, treinamento de professores e melhoria na gestão do ensino. Na Saúde, a interligação das 17 unidades de atendimento com a Secretaria Municipal de Saúde, bem como a integração com a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, traria um grande salto na gestão.  O novo projeto facilitaria a implementação de softwares para o sistema de saúde e o programa e-SUS do Ministério da Saúde que, entre as suas vantagens, criará um prontuário único de todos os cidadãos de Farroupilha.

A implementação da rede, que já está toda pronta, depois de meses de desenvolvimento e era esperada por diretores de escolas e servidores da Prefeitura, aguarda a decisão do novo prefeito. Questionada pela reportagem do Menu Negócios e Finanças, a Prefeitura de Farroupilha informou que a “suspensão ocorreu para fins de o Município realizar um diagnóstico da situação contratual, para posterior tomada de decisão quando a continuidade, readequação ou rescisão contratual, principalmente diante do atual cenário de pandemia”. Entretanto, é justamente o cenário de pandemia que torna o uso da tecnologia ainda mais indispensável para a boa prestação de serviços à população do município.

Fonte: Blog Menu Negócios e Finanças