Terminou neste sábado (21) o encontro do G20 Turismo, em Belém

Terminou neste sábado (21) o encontro do G20 Turismo, em Belém ((Foto: Roberto Castro e Uchôa Silva / MTur))

Terminou neste sábado (21) o encontro do G20 Turismo, grupo formado por líderes das 20 maiores economias do mundo. Na ocasião foi aprovada a “Declaração de Belém”, aprovada por unanimidade e que marca o encerramento da presidência brasileira do G20 Turismo. O documento estabelece entre as premissas para o desenvolvimento turístico mundial garantir um maior protagonismo à sustentabilidade; à qualificação profissional e ao investimento em infraestrutura.

Os líderes também propõem uma abordagem colaborativa entre governos, setor privado e comunidades locais para impulsionar a atividade turística de forma responsável e resiliente, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Presidido pelo ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, o encontro de autoridades do G20 deste sábado teve a presença de 44 delegações de vários países membros e representantes de organizações internacionais, além de convidados. O evento finalizou com um ciclo de reuniões técnicas iniciado em fevereiro de 2024 e que teve agendas em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ).

“Fizemos um belo trabalho, com muito esforço, capacidade técnica, cooperação e que entrega não só ao G20, mas também ao mundo uma proposta de modelo de desenvolvimento econômico aliado ao turismo, que irá trazer mais oportunidades, mais cooperação, mais amizade e, sobretudo, mais sustentabilidade”, apontou o ministro Celso Sabino na abertura do encontro.

De modo a manter um planeta sustentável para as próximas gerações, o documento indica fortemente a necessidade de investimentos coletivos direcionados à sustentabilidade do setor. “O mundo vive um processo de transformação climática, e o turismo irá levar desenvolvimento econômico, perspectivas melhores de vida, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. O turismo garantirá um futuro melhor às próximas gerações”, completou Celso Sabino.

EIXOS PRIORITÁRIOS – O Grupo de Trabalho do G20 Turismo definiu quatro eixos principais: sustentabilidade no turismo; gestão de informações; cooperação internacional e o turismo como impulsionador da economia.

As diretrizes contemplam medidas em áreas críticas identificadas pelos integrantes do G20, com ênfase na necessidade de cooperação multilateral para enfrentar desafios como a recuperação pós-pandemia de Covid-19 e a adaptação às mudanças climáticas.

Um dos destaques da reunião foi a apresentação do “Dashboard de Melhores Práticas”, uma plataforma criada com o objetivo de compartilhar iniciativas de sucesso, reforçando a importância de ações conjuntas para a promoção do turismo sustentável. Desde a sua implementação, a ferramenta dobrou o número de estudos de caso, mostrando o impacto positivo da colaboração internacional.

CAPACITAÇÃO – Outro ponto central da “Declaração de Belém” é o compromisso com a educação e a qualificação profissional no setor turístico. O relatório apresentado identificou a formação contínua como um dos maiores desafios para garantir a excelência e a adaptabilidade do ramo.

A ONU Turismo, representada na reunião pelo secretário-geral da entidade, Zurab Pololikashvili, destacou seu compromisso com programas de educação e de atração de investimentos, buscando capacitar trabalhadores e impulsionar o turismo como vetor de desenvolvimento socioeconômico.

Também foram expostas recomendações para o acesso a linhas de financiamento de instituições internacionais e bancos multilaterais, focadas em quatro áreas prioritárias: resiliência climática, desenvolvimento social, criação de novos produtos turísticos em comunidades locais e infraestrutura compartilhada. Essas ações buscam assegurar que o turismo alcance seu pleno potencial, gerando crescimento econômico e prosperidade compartilhada.

O desafio do turismo no Brasil

Vale ressaltar, que apesar das boas iniciativas globais, quando se fala do turismo acontecendo na ponta essas diretrizes não chegam com a força que deveriam chegar. Primeiramente, é importante avaliar que ainda que as iniciativas de sustentabilidade, capacitação, gestão de informações e cooperação internacional sejam muito importantes, o Brasil possui problemas estruturais que atrasam o desenvolvimento do setor.

Embora sejam prioridades setoriais, enfrentamos no dia a dia problemas graves nas rodovias brasileiras, conectividade aérea, educação de base, segurança pública e até saneamento básico. Obviamente que o turismo se configura como uma excelente alternativa de desenvolvimento econômico e social para grandes centros e pequenas comunidades, mas iniciativas mais elaboradas precisam de um investimento prévio no básico.

Agora é importante acompanhar se os destinos brasileiros, setores público e privado, serão capazes de implementar as demandas da “Declaração de Belém” com estratégia e eficácia, colaborando não apenas para o desenvolvimento do setor, mas da população como um todo.

Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Terceiro jogo de Star Wars com Cal Kestis já está em desenvolvimento

Durante uma conferência de apresentação a investidores nesta terça-feira (17/9), Laura Miele, presidente da divisão de entretenimento e tecnologia da EA, confirmou que a Respawn Entertainment, responsável por dois jogos da saga: Star Wars Jedi, está trabalhando pesadamente no próximo jogo da franquia. Essa que já conta com dois títulos, Star Wars: Jedi Fallen Order lançado em 2019 e Star Wars Jedi: Survivor lançado em 2023, sendo esse o último jogo, fechando a trilogia de Cal Kestis.

Confira a declaração da presidente:

“Entregamos alguns dos jogos de Star Wars de maior qualidade e mais vendidos de todos os tempos, com mais de US$ 5 bilhões em reservas líquidas. Esse histórico impressionante inclui, é claro, os jogos de Star Wars: Jedi, onde mais de 40 milhões de fãs de Star Wars se conectaram com Cal Kestis e sua jornada para se tornar um Jedi poderoso. A Respawn está trabalhando duro para trazer o capítulo final desta história empolgante para os jogadores.”

Star Wars Jedi conta a história de Cal Kestis e suas aventuras numa galáxia muito, muito distante, tentando redescobrir o seu lugar dentro da ordem Jedi, na qual ele um dia fez parte. O jogo de ação e aventura é um dos títulos recentes mais aclamados pela crítica.

O novo jogo da trilogia de Cal Kestis ainda não tem mais informações, nem uma data para chegar no PC e nos consoles.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

‘Em Paris, carros já estariam proibidos no centro’, diz pesquisador sobre ar poluído em cidades brasileiras

As cidades brasileiras não estão tratando a crise de poluição do ar neste inverno com a seriedade que a situação exige, afirma o pesquisador João Paulo Amaral.

Com a pior qualidade de ar do pais, a cidade de Porto Velho (RO) está há dias sob uma espessa camada de poluição, com o ar “muito insalubre” nesta segunda-feira (16/9), de acordo com o índice de monitoramento internacional da IQAir.

Outras grandes cidades brasileiras têm enfrentando graves problemas com o pico de poluição atmosférica, como Campinas (SP), Manaus (AM), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP) entre outras — as cinco cidades eram as mais poluídas do Brasil no início desta semana.

Em São Paulo, a qualidade do ar melhorou na segunda-feira (16/9), após um final de semana mais úmido, mas muitos dos problemas de saúde causados pela poluição continuam.

A qualidade do ar havia sido classificada como “muito ruim” pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na sexta-feira (13/9) — encerrando uma semana na qual a cidade chegou a ficar quatro dias no topo do ranking de cidades mais poluídas da IQAir.

Além da baixa umidade do ar e da inversão térmica que acontece no inverno, as queimadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil estão entre as causas da concentração de poluentes e piora da qualidade do ar, de acordo com o MetSul.

Nenhuma das cinco cidades tem um plano de ação para episódios críticos, ou seja, um planejamento oficial sobre como agir em momentos em que a qualidade do ar está em níveis emergenciais, explica João Paulo Amaral, que é gerente de Natureza do Instituto Alana (entidade de proteção às crianças) e coordenou um estudo analisando o preparo do Brasil em comparação com oito países (França, Espanha, EUA, Reino Unido, México, Chile, Equador e Colômbia).

“Se o nível de poluição em Paris atingisse metade do que chegou em São Paulo, a cidade já teria decretado medidas emergenciais, como gratuidade no transporte público, para incentivar seu uso, ou mais restrições aos carros na região central”, afirma Amaral em entrevista à BBC News Brasil.

A pesquisa foi produzida pelo grupo de pesquisa Instituto Ar e pelo Alana, organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos da criança, e encontrou apenas um plano de ação para episódios críticos no Brasil todo: um decreto de 1978 criado pela Cetesb no Estado de São Paulo.

“Além de estar muito defasado, esse plano nunca é colocado em prática”, afirma o especialista.

Um plano de ação deve conter orientações sobre como monitorar; qual nível de poluição é necessário para ativá-lo; quais as responsabilidades de cada órgão ou agência governamental e quais ações de controle da poluição devem ser tomadas.

“É claro que a população precisa tomar medidas inviduais para se proteger, mas esse não é um problema individual, é uma questão ambiental e de saúde pública que precisa de ação das autoridades em todas as esferas”, diz Amaral.

As queimadas são principal fator poluente em Manaus

Como funciona em outros países?

Os outros oito países analisados pelo estudo têm planos de ação mais recentes e, com exceção do Equador, limites muito mais baixos de poluição para dar início às ações de emergência em comparação com o Brasil, mostra o estudo.

Um dos principais poluentes do ar é o chamado material particulado, ou seja, partículas de poluição muito pequenas, que podem ser inaladas e causar diversos danos à saúde.

No Brasil, os níveis de material particulado considerados críticos são acima de 125 ????g/m³ (nível de atenção). Acima de 210 é nível de alerta e acima de 250 é nível de emergência.

Na França e na Espanha, 25 ????g/m³ já é considerado um nível crítico e acima de 50 já se iniciam as medidas de emergência.

No México e na Colômbia, as medidas de emergência começam a partir de 150 ????g/m³; no Chile, a partir de 170.

O monitoramento dos níveis críticos é importante para que as autoridades tenham patamares a partir dos quais iniciar medidas de contenção e de mitigação dos danos da poluição à saúde — mas é preciso que existam planos de ação, segundo Amaral.

“O Brasil está muito defasado na legislação sobre o tema”, diz Amaral.

“Não só os níveis críticos estão muito acima do que é considerado o limite pela OMS [Organização Mundial de Saúde], não existem planos de ação para episódios críticos”, acrescenta ele.

Nos outros países analisados no estudo liderado por Amaral, as grandes cidades têm uma série de medidas previstas caso os níveis de poluição atinjam patamares críticos.

O pesquisador explica que o estudo destaca as medidas que visam proteger especialmente as populações mais vulneráveis: crianças e idosos.

Na Colômbia, a partir do momento em que a poluição atinge o nível de “alerta”, a ação é ordenar a suspensão das aulas em toda a área que está dentro deste nível específico de concentração de poluentes.

“No caso do nível de ‘emergência’, a ordem é a mesma, de suspensão das atividades de todas as instituições de educação, e em alguns casos, até a evacuação da população exposta”, aponta o estudo.

Essa é uma medida que Amaral não enxerga como positiva para o Brasil, por se tratar de uma interrupção do direito à educação das crianças. Mas mostra como o país colocou a população mais vulnerável como prioridade.

Em Paris, na França, quando o nível crítico de poluição é atingido, a Prefeitura implementa uma série de medidas para restringir atividades que contribuem para a poluição, como proibir o tráfego de carros no centro da cidade, dar gratuidade nas passagens de metrô (para estimular o uso do transporte público), criar feriado escolar, entre outros.

Também há uma grande campanha de comunicação orientando a população para adoção de medidas protetivas, como, por exemplo, beber bastante água, evitar fazer exercícios ao ar livre e manter as janelas fechadas.

No Reino Unido, há uma série de programas que visam a diminuição da poluição urbana no longo prazo — especialmente, voltadas para o bem-estar das crianças — como um programa para diminuir a poluição em regiões onde há escolas.

Isso envolve aumentar a arborização, diminuir o trânsito, implementar ciclovias, entre outras medidas.

O mesmo vale para os Estados Unidos, onde as ações para episódios críticos são específicas para cada região do país.

“Os planos precisam ser regionais, porque há muitas diferenças dentro de um mesmo país, desde a densidade demográfica até a atividade econômica principal e as fontes de poluição”, explica Amaral.

Em 9 de setembro, São Paulo teve o ar mais poluído do mundo

O que dizem as cidades brasileiras?

Procurada pela BBC News Brasil, a Prefeitura de São Paulo afirmou que tem tomado medidas para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas como um todo.

A Prefeitura disse que declarou 32 áreas verdes particulares como áreas de utilidade pública, o que vai ampliar a zona de proteção da cidade de 15% para 26% do território municipal.

Além disso, a Prefeitura afirmou que tem um sistema de monitoramento para prevenir incêndios florestais, o que diminuiu as queimadas em parques municipais em 16% desde 2020.

“A Prefeitura tem feito avanços como a aquisição das primeiras viaturas elétricas para a Guarda Civil Metropolitana. Ao todo, serão 50 veículos até o fim do ano”, ressaltou a Prefeitura em nota.

A administração também disse estar implementando a mudança de combustível dos caminhões de coleta de lixo, a eletrificação da frota de ônibus e oferece um benefício fiscal para quem tem carro elétrico.

A Prefeitura disse ainda que a Defesa Civil colocou toda a cidade em estado de atenção para a baixa umidade relativa da semana passada e que foram montadas tendas na cidade para distribuição de água e atendimento de animais de estimação.

“A Secretaria Municipal da Saúde recomenda que a população se mantenha bem hidratada, proteja-se do sol, mantenha ambientes internos úmidos através de borrifadores, vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água e evite exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 18 horas”, diz a Prefeitura em nota.

As Prefeituras de Manaus e Porto Velho também citaram as medidas de combate à poluição que têm sido tomadas. As Prefeituras de Boa Vista e Campinas não responderam aos questionamentos da reportagem.

A Prefeitura de Porto Velho afirma que, embora não haja um plano específico para episódios críticos de poluição atmosférica, a “criação da Lei nº 14.850/2024, que estabelece diretrizes para o monitoramento da qualidade do ar e a divulgação de dados à população, representa um avanço significativo”.

A Prefeitura diz ainda que tem necessidade de recursos financeiros e recursos humanos para ampliar a capacitação dos servidores para lidar com o problema e ampliar a publicidade do tema para a população.

Diz ainda que “opera um viveiro municipal com o objetivo de promover a arborização na cidade” e que tem dois projetos de educação ambiental para “conscientizar e sensibilizar para a conversação ambiental”.

Sobre os incêndios — um dos principais fatores de poluição na região —, Porto Velho disse que “tem implementado campanhas publicitárias por meio de rádio, televisão, sites e redes sociais para conscientizar a população sobre os riscos associados às queimadas” e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA) intensificou a fiscalização na capital e nos distritos.

Já a Prefeitura de Manaus afirmou que a cidade está em “estágio de mobilização” e que criou um Comitê de Combate às Queimadas.

Disse ainda que foram estabelecidas “ações preventivas” para o enfrentamento aos incêndios e que está monitorando e analisando as informações de focos de calor divulgados pelo Inpe e que a maioria dos focos de incêndio vêm do interior do Estado.

A cidade afirmou que tem divulgado medidas que precisam ser adotadas pela população, como beber água e proteger os olhos e o sistema respiratório.

“A inalação de partículas geradas por queimadas pode causar reações que vão de desconfortos leves a sintomas como dor de cabeça e dor de garganta, dificuldade respiratória, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos, crises alérgicas e infecções do sistema respiratório, com quadros de asma, bronquite, sinusite, rouquidão, tosse, conjuntivite e problemas cardiovasculares agudos”, explicou a Prefeitura de Manaus em nota.

“Para os casos de desconforto respiratório leve ou necessidade de mais orientações para evitar os efeitos da fumaça na saúde, o usuário deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa.”

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Circuito das Grutas promove o lançamento da Rota Frango e Cachaça no sábado (21)

Circuito das Grutas promove o lançamento da Rota Frango e Cachaça no sábado (21) (Rota Frango e Cachaça movimenta mais de 30 estabelecimentos entre restaurantes e destilarias (Foto: Divulgação Circuito das Grutas))

A Rota Frango e Cachaça do Circuito das Grutas conta com mais de 30 estabelecimentos entre restaurantes e destilarias distribuídos nas 15 cidades do território. Esta é uma rota gastronômica permanente que será lançada oficialmente no dia 21 de setembro e que está fortalecendo toda a cadeia produtiva do turismo e da gastronomia na região.

Idealizada pela Instância de Governança Regional (IGR) Grutas e abraçada pela Diretoria de Gastronomia do Senac Minas, a Rota Frango e Cachaça mostra como o frango é um elemento de valor histórico, cultural e gastronômico para este território tão especial que como diz o Chef Edson Puiati, coordenador de Gastronomia do Senac, “promove o encontro das minas e as gerais”. Cada estabelecimento gastronômico participa da Rota com um prato que tem o frango como ingrediente principal, seja o tradicional ensopado com seus diversos acompanhamentos, como hambúrguer, isca, bolinho, nugget, recheio de empada, torta ou pizza. E todos esses pratos foram deliciosamente harmonizados com bebidas das destilarias e alambiques da região.

LEIA TAMBÉM: Já pensou em se hospedar em um tonel de vinho?

Os estabelecimentos e também a cadeia local de turismo passaram por consultorias técnicas e treinamentos do Senac e receberam também um treinamento sobre Marketing Digital por meio do Programa Prepara Gastronomia do Sebrae. Para Rosa Tolentino da Fazenda Aroeiras, em Fortuna de Minas, “fazer parte da Rota Frango e Cachaça do Circuito das Grutas é uma satisfação imensa, estamos nos sentindo muito privilegiados. É uma oportunidade de crescimento e visibilidade única e queremos aproveitar ao máximo. Tivemos uma experiência incrível com o treinamento de marketing, todos da nossa equipe que participaram saíram satisfeitos e com a certeza de que adquiriram um conhecimento muito valioso”.

Claudineia Borges, da destilaria Lamas, em Matozinhos, avalia que “além de ser uma ocasião excelente para promover novos produtos/serviços ou testá-los, investigando diretamente o mercado, existe também a valorização do mercado e as tradições de Minas Gerais, foi muito acolhedor”. A Lamas está no mercado com amplo mix de produtos: whisky, gin, rum, cachaça, vodka, cerveja e chopp. Além de participar da Rota com seus produtos sendo utilizados nas harmonizações, também se tornou patrocinador: “Apoiar a indústria brasileira é um caminho forte para fortalecer nossa economia, e Senac e Sebrae juntamente com a Rota Frango e Cachaça, está nos dando essa oportunidade de apresentar o melhor de cada parceiro. É um investimento, que vai trazer resultados positivos importante e essencial que os empresários considerem as repercussões a longo prazo, tanto para a economia local quanto para a qualidade dos produtos oferecidos”.

Mapa da Rota Frango e Cachaça (Foto: Divulgação Circuito das Grutas)

LEIA TAMBÉM: Controlar a gula em Cabrália é uma missão quase impossível

Conheça os participantes

Cidade: Matozinhos

Participação: whisky, gin, rum, cachaça, vodka, cerveja e chopp

Instagram: casa.lamas | drinkland.lamas

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Licor

Instagram: granarthurim

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Caipirinha Pronta

Instagram: segredoseinconfidencias

Cidade: Cordisburgo

Participação: Cachaça

Instagram: não tem

Cidade: Fortuna de Minas

Participação: Cachaça

Instagram: não tem

LEIA TAMBÉM: Prêmio e Reconhecimento, mais do que uma celebração!

Cidade: Lagoa Santa

Participação: cachaça, gin, run, vodka e drinks prontos

Instagram: tavernademinas

Cidade: Pedro Leopoldo

Participação: Tulipinha de Frango com Ketchup de Goiabada

Instagram: adelsobuffet

Cidade: Pedro Leopoldo

Participação: Caipirão com Quiabo

Instagram: restaurantecheirodaterra

Cidade: Pedro Leopoldo

Participação: Nugget do Baú

Instagram: grutadobau

Cidade: Lagoa Santa

Participação: Molho Pardo do Quintal

Instagram: quintaldalapinha

Cidade: Lagoa Santa

Participação: Frango ao Catupiry com Essência de Pequi

Instagram: boilourdeslagoasanta

Cidade: Lagoa Santa

Participação: Tropeirão de Frango Flambado na Taverna

Instagram: trembaroficial

Cidade: Lagoa Santa

Participação: Frango com Quiabo do Velho Chico

Instagram: restaurantevelho_chico

Cidade: Confins

Participação: Torta Cremosa da Rainha

Instagram: não tem

Cidade: Confins

Participação: Pizza Frango Mineiro

Instagram: fimdetarde_pizzaria

LEIA TAMBÉM: Seu hotel recebeu uma avaliação ruim? Saiba como lidar com ela

Cidade: Matozinhos

Participação: Frango a Moda do Mercado

Instagram: nuthallento_mtz

Cidade: Capim Branco

Participação: Frango a Moda Nativa

Instagram: nativabrasilbar

Cidade: Prudente de Morais

Participação: Trem de Frango com Cebola Caramelizada

Instagram: tamagushburguerbus

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Sabor Afetivo (Arroz com Frango)

Instagram: restaurante.Moinho

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Gastrô das Alterosas

Instagram: churrascariatresmarias7l

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Caipira com Angu de Milho Verde a Moda

Instagram: restaurantemorroverde

Cidade: Sete Lagoas

Participação: Supremo de Frango recheado com Queijo Minas à Moda Rota do Frango

Instagram: tulipinn_setelagoas

LEIA TAMBÉM: “O brasileiro tem viajado mais para o exterior”, diz gestor de uma das maiores operadoras do Brasil

Cidade: Cachoeira da Prata

Participação: Empadinha de Frango

Instagram: hosanamelo

Cidade: Fortuna de Minas

Participação: Frango à Moda da Dona Ilda

Instagram: fazendaaroeiras_oficial

Cidade: Paraopeba

Participação: Frango Raiz da Vó Maria

Instagram: cozinhacomartedorobinho

Cidade: Caetanópolis

Participação: Pizza Ana de Bito

Instagram: bitospizzaria

Cidade: Caetanópolis

Participação: Tortinha de Frango

Instagram: cafe_da_esquina

Cidade: Cordisburgo

Participação: Bolinho Sarapalha

Instagram: restaurantesarapalha

Cidade: Cordisburgo

Participação: Tradicional Frango ao Molho Pardo

Instagram: restaurantecheros

Cidade: Cordisburgo

Participação: Frango com Ora-Pro-Nóbis do Mineiro Bruto

Instagram: mineiro_bruto

Cidade: Santana de Pirapama

Participação: Iscas de Frango de Santana Acebolado com Ora-Pro-Nóbis

Instagram: bardaarvore10

Cidade: Santana de Pirapama

Participação: Sobrecoxa desossada à Moda Santana

Instagram: rota238oficial

Cidade: Jequitibá

Participação: Pastel Caipira à Moda Minas

Instagram: restaurantejequitibamg

Bodocão na Ilha

Cidade: Jequitibá

Participação: Bodofrango

Instagram: bodocaonailha | bodocao | offclaudin

Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

‘Glamour atemporal’ e vizinhos como Gisele: Conheça mansão em ‘bunker dos bilionários’ que brasileiro vendeu ‘sem saber’ para Jeff Bezos

O empresário Leo Kryss acionou a Justiça para reclamar que os profissionais da imobiliária Douglas Elliman venderam sua propriedade no “bunker dos bilionários”, na Flórida, para Jeff Bezos, sem que ele soubesse. Os corretores teriam ocultado o fato de que o comprador interessado era o fundador da Amazon, um dos homens mais ricos do mundo, e obtido um desconto de US$ 6 milhões (R$ 33 milhões) na negociação, segundo o jornal Wall Street Journal.

O brasileiro vendeu a Jeff Bezos uma mansão de US$ 79 milhões (mais de R$ 446 milhões, na cotação atual) em Indian Creek, ilha artificial de Miami conhecida como “bunker dos bilionários”. Projetada em um estilo que “irradia glamour europeu atemporal”, a propriedade conta com 1.770 metros quadrados, de acordo com o anúncio, e inclui uma piscina, um teatro, uma biblioteca e uma adega.

A vizinhança tem nomes como a modelo Gisele Bundchen; o astro da NFL Tom Brady; Ivanka Trump, filha de Donald Trump. O local também é lar do DJ David Guetta; do investidor Carl Icahn; e do cantor Julio Iglesias; entre outros ricaços.

A venda da mansão foi divulgada em outubro do ano passado, com um “desconto” de 7,1% em relação ao preço de maio da propriedade, que era de US$ 85 milhões. Bezos tem fortuna estimada em mais de US$ 200 bilhões (mais de R$ 1 trilhão), conforme o levantamento da Forbes.

Brasileiro vendeu mansão para Jeff Bezos por quanto?

O brasileiro comprou a propriedade em 2014, por US$ 28 milhões. Em maio passado, decidiu colocá-la à venda, por US$ 85 milhões. No mês seguinte, soube que Bezos comprara a mansão ao lado, por US$ 68 milhões. Quando enfim recebeu uma oferta, Leo Kryss perguntou aos corretores se ela vinha do fundador da Amazon.

Por que brasileiro está processando corretor?

Ainda segundo o WSJ, o cofundador da empresa brasileira de brinquedos e eletrônicos Tectoy alega à Justiça que o CEO da Douglas Elliman teria garantido a ele que Bezos não era o comprador interessado. De acordo com o processo, que corre num tribunal estadual da Flórida, Jay Parker telefonou pessoalmente para Kryss e disse que o potencial comprador não aceitaria pagar além de US$ 79 milhões.

A venda foi conduzida por Dina Goldentayer e Danilo Tavares com a Douglas Elliman.

Quem é o brasileiro que vendeu mansão para Jeff Bezos?

A informação de que era o vendedor da mansão era o brasileiro Leo Kryss, sócio de empresas no Brasil e que já foi um dos investidores mais agressivos do mercado financeiro no Brasil, foi revelada pela coluna Capital, do GLOBO.

Aos 75 anos, Kryss ainda é considerado uma “lenda viva” em nichos de operadores do mercado, mas vem levando uma vida discreta com o patrimônio que formou. Kryss se mudou com a mulher e seus quadrigêmeos para Miami em 2013. Apesar da discrição de hoje em dia, Kryss já apareceu em episódios conturbados do mundo dos negócios.

Kryss nasceu na Alemanha, mas, desde o fim dos anos 1950, vive no Brasil, onde o pai fundou a fabricante de eletrônicos Evadin. A companhia, assumida por Kryss na década de 1970 após a morte do patriarca, foi uma das primeiras a se instalar na Zona Franca de Manaus.

A companhia montava, por exemplo, os televisores da marca Mitsubishi e os celulares da Motorola. O empresário chegou a ser premiado em Nova York como o “Homem do Ano” pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em 1996, ano em que a Evadin faturava US$ 1 bilhão, segundo reportagem do Estado de S. Paulo publicada anos atrás.

Kryss também se tornaria um dos principais sócios da fabricante de brinquedos Tec Toy. Ele vendeu o controle da Tec Toy cerca de três anos antes de a empresa, que se destacou entre as pioneiras do videogame, entrar em dificuldades financeiras e pedir concordata, em 1997.

Além do negócio de eletrônicos, Kryss controlava a holding financeira Grupo Tendência, que incluía gestora e banco. Nessa posição, ele se tornou um dos maiores especuladores da Bolsa brasileira nos anos 1980, travando duelo com o rival Naji Nahas.

Reportagem do GLOBO de junho de 1989, descreve Kryss, então presidente do grupo Evadin, como um dos mais hábeis negociadores com operações casadas no mercado financeiro. Em um só exercício de opções, em fevereiro daquele ano, lucrou US$ 10 milhões com ações da Vale.

Conselho Deliberativo do Flamengo aprova mudança dificultando SAF

O Conselho Deliberativo do Flamengo deu um passo importante na noite desta quarta-feira (11) visando dificultar uma futura implementação de uma Sociedade Anônima de Futebol, popularmente conhecida como SAF. Uma reunião aprovou uma mudança no Estatuto sobre o assunto.

Em 2022, o Rubro-Negro chegou a receber uma ”proposta de assessoria financeira”. Assim, com modelos de estrutura e potencias investidores, a ideia era comprar uma parte milionária do clube carioca.

Dessa forma, visando que uma possível venda futura não seja tão fácil, uma emenda foi realizada por conselheiros para realizar a alteração no Estatuto. Em que qualquer assunto sobre SAF no clube, o debate será em assembleia geral com quórum mínimo de 60% dos sócios aptos a voto. Ou seja, número que atualmente representaria cerca de 3.600 e com 2/³ dos votos para aprovação. Além disso, haverá uma quarentena para cumprir caso ela seja aprovada: quem for dirigente do clube no triênio anterior não pode assumir cargo remunerado na SAF por seis anos. Portanto, foram 272 votos a favor, dois contra e uma abstenção.

Vale destacar que três pré-candidatos para a presidência do Rubro-Negro votaram a favor da aprovação: Luiz Eduardo Baptista (Bap), Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee.

Para uma emenda acontecer, precisa do mínimo de 50 assinaturas para levar ao Conselho Deliberativo. Neste caso, foram 217 assinaturas. A emenda teve a apresentação do conselheiro Rodrigo Gustavo Rötzsch, que faz parte do grupo político “Frente Flamengo Maior”. No entanto, a formulação também teve o “Flamengo Sem Fronteiras” e outros grupos políticos.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Conversas por atacante não avançam, e Flamengo ‘suspende’ ida ao mercado

A grave lesão de Pedro causou aflição interna ao Flamengo. O clube havia anunciado quatro reforços para temporada, mas se viu quase ‘obrigado’ a ir ao mercado em busca de mais um atacante com características semelhantes para suprir a perda. A cúpula rubro-negra tem como prioridade, contudo, manter-se saudável financeiramente e por isso descarta qualquer loucura por uma contratação – o que contribuiu para que conversas não avançassem. Nesse cenário, pode ser que um novo plano seja adotado pela gestão de Rodolfo Landim.

Na busca pelo equilíbrio financeiro e fortalecimento do carecido elenco, o Flamengo, hoje, entende que aproveitar os atacantes à disposição de Tite pode ser a opção mais vantajosa por ora. Até porque com o fechamento da janela, no dia 2, o Rubro-Negro teria que buscar obrigatoriamente jogadores livres no mercado. Ou seja, menos opções disponíveis e mais casos relacionados a histórico de lesões ou tempo mais alto de inatividade.

A primordialidade de um substituto para Pedro não teve unanimidade nos bastidores do Flamengo. Dirigentes e membros da comissão se reuniram algumas vezes para debater nomes e avaliar necessidades. Com data limite para contratar, Marcos Braz, VP de futebol, estipulou a última terça-feira (10) como prazo final para definição da pauta internamente.

Anthony Martial

O atacante de 28 anos ficou livre no mercado após não renovar seu vínculo com o Manchester United, da Inglaterra. Logo, se tornou um dos principais alvos do Flamengo, que só pode buscar nomes sem contrato em vigência. Martial recebeu uma avaliação positiva da comissão técnica, enquanto o departamento de futebol vislumbrou um planejamento pensando em 2025.

A cúpula rubro-negra se reuniu na última segunda-feira (9), antes do ‘Dia D’, para definir não só a necessidade de um reforço, mas também a possibilidade de abrir negociação por Martial. Acontece que a realização de um novo grande investimento pesou na decisão final dos dirigentes, que optaram, por ora, não avançar nas tratativas pelo atleta.

A contratação de Martial significaria um alto custo mensal aos cofres do Flamengo, envolvendo salários e luvas. Aliás, para anunciar o pacotão de quatro reforços, o Rubro-Negro teve que passar por uma readequação orçamentária e isso complicou a continuidade do negócio pelo atacante. Outro ponto de preocupação: situação física de Martial. O jogador não participa de um jogo oficial desde dezembro e passou os últimos meses se recuperando de um problema na virilha.

O nome de Martial esquentou nos últimos dias, mas o clube já havia feito contato com Benedetto, livre no mercado, e Deivid Washington, do Chelsea, anteriormente. O Flamengo tentou o empréstimo do atleta dos Blues nas últimas horas da janela e não obteve tempo viável para prosseguir nas tratativas.

Setor ofensivo do Flamengo

O Flamengo teve suas razões extracampo para ‘suspender’ a ida ao mercado, mas a decisão também salienta a confiança do clube no potencial de seus atletas. Tite tem dois nomes de origem à disposição, Gabigol e Carlinhos, e também pode improvisar Bruno Henrique no setor. Os três devem, portanto, ganhar mais minutagem nesta reta final de temporada.

O Rubro-Negro ainda tem nove dias para fechar com um atacante caso mude de ideia, mas ainda não há indícios de que vá fazê-lo. O clube de fato aposta suas fichas na volta por cima de Gabigol, recuperado de lesão na coxa, acredita em Carlinhos e confia na capacidade de Bruno Henrique improvisado – caso necessário.

“Importante dizer que temos três jogadores nessa posição ali. Tem um jogador que sempre resolveu nossos problemas todos, que é o Gabigol. Temos também Carlinhos, o Bruno Henrique, que pode fazer o 9. Tem muita especulação, muita conversa fiada, mas é obrigação nossa estar atento ao mercado e ver o que é melhor para o Flamengo”, disse Marcos Braz à FlaTV.

Gabigol volta aos relacionados para o jogo contra o Bahia, nesta quinta-feira (12), e disputa vaga com o companheiro Bruno Henrique. Carlinhos não pode atuar pelo Flamengo na Copa do Brasil e, por isso, figura na lista de baixas da equipe para o duelo que vale vaga na semifinal da competição. A bola vai rolar às 21h45, no Maracanã.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Alfabetização, um direito básico

INÊS KISIL MISKALO — Diretora de Educação do Instituto Ayrton Senna

A alfabetização é um desafio recorrente para profissionais da educação e gestores públicos. O tema está presente a cada nova rodada de avaliação, nacional ou internacional, amostral ou censitária, como observamos recentemente com a divulgação de dados do Ideb 2023.

Eis a nossa realidade. De acordo com os Sistemas Estaduais de Avaliação de 2023, 44% das crianças da rede pública no 2º ano do ensino fundamental ainda não estão alfabetizadas. Além disso, apenas 13% dos estudantes do 4º ano do ensino fundamental demonstram proficiência em leitura, conforme o Progress in International Reading Literacy Study (PILRS 2021), produzido pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA, sigla em inglês).

Os números para o 5º ano não são muito melhores: apenas 51% dos alunos alcançam o esperado em Língua Portuguesa e 37% em Matemática, de acordo com o SAEB/Ineo 2021. No nono ano, a situação se agrava, com esses índices caindo para 35% e 15%, respectivamente.

Duas explicações logo surgem a partir desse cenário: nossas crianças não aprendem, e nossos sistemas não ensinam. Discordo frontalmente de ambas as afirmações. As crianças aprendem, e os sistemas procuram ensinar. No entanto, os processos pedagógicos carecem de ações impulsionadoras de sucesso.

Tais processos envolvem cinco passos objetivos. Primeiramente, o conhecimento da realidade: até onde o aluno avançou, onde parou e porque parou. O segundo é o planejamento: propostas adequadas à superação da dificuldade detectada, individual ou coletiva. Além disso, é preciso haver monitoramento da execução do planejado: diário em sala de aula, mensal na unidade escolar e na rede de ensino, por meio da observação docente e de instrumentos informais. Um quarto ponto é o replanejamento pedagógico com base na informação trazida pelo monitoramento. E, por fim, análise dos resultados como estratégia para que todos os alunos da rede se alfabetizem dentro do prazo predeterminado.

Não se trata de utopia, mas da construção, implantação e implementação de uma política de alfabetização adequada à realidade local, mas amparada no referencial nacional. Uma política pública necessita de uma causa a ser defendida, de um direito a ser garantido. Esse direito está na Constituição de 1988, artigo 205, e nos cinco primeiros artigos da Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/96). Um norte aonde chegar, como consta na Base Nacional Comum Curricular (Lei nº 13.415/2017).

Uma política pública envolve um sistema de formação para os educadores responsáveis diretos pelo processo que envolva conhecimentos sobre como se aprende e como se ensina, pois não há um método único, já que nem todas as crianças aprendem da mesma forma. Também precisa envolver prática sobre como planejar, manejo de classe, gestão de sala de aula, de escola e de rede de ensino e mentoria, bem como estágio em classes de alfabetização durante a formação acadêmica.

Não menos importante, uma política se apoia em indicadores de sucesso, e respectivas metas parciais e finais, objetivos, simples e de fácil leitura. Em um sistema de monitoramento para acompanhamento mensal e consolidações aos níveis de turma, escola, região e rede de ensino e recursos financeiros, materiais e humanos para garantir a execução do planejamento.

O monitoramento e o alcance gradual das metas evidenciam o nível de sucesso da política tanto para alunos que estejam na idade certa, 6 e 7 anos, quanto para aqueles que estejam além dessas idades e em anos avançados, mas ainda não alfabetizados. Trata-se de alunos que foram expostos a reprovações e ao abandono, além de serem contabilizados nas taxas de distorção idade/série. Situações essas que crescem à medida que se avançam os anos e as etapas escolares.

Nossas crianças aprendem, e há ótimos profissionais alfabetizadores, potenciais mentores dos novos professores. Mas é preciso coragem para forçar uma parada estratégica no início de cada ano letivo para identificar alunos não alfabetizados e dedicar os primeiros meses do ano a uma força-tarefa que realize os cinco passos pedagógicos acima. Somente assim, o acesso se tornará permanente e resultará em sucesso.

Isso ficou evidente em vários municípios que têm se destacado nas últimas avaliações sobre alfabetização e resultados do IDEB, em diferentes regiões, com distintos tamanhos e níveis socioeconômicos. Eles têm demonstrado que alfabetizar não é só ensinar a ler e escrever, mas também envolve matemática e outras linguagens, assim como a dimensão socioemocional, fundamental neste momento social que apresenta situações agressivas à saúde mental de crianças e jovens e de educadores.

Convido o leitor a pesquisar alguns desses municípios que têm muito a ensinar sobre a construção do sucesso de seus alunos, como Boca do Acre (AM), Coruripe (AL), Licínio de Almeida (BA), Sobral (CE) e Domingos Mourão (PI), entre outros. Esses territórios acreditaram nos cinco passos e foram além, fizeram acontecer ao longo dos anos uma política pública baseada em evidências concretas.

Educação é um processo, e política educacional sem continuidade deixa de ser política e se torna apenas um projeto ou um programa circunstancial com baixa perspectiva de sucesso.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Fundos de pensão de estatais ainda têm déficit de R$ 34,8 bi e acendem alerta sobre ingerência política

As discussões do governo sobre medidas para atrair os grandes fundos de pensão das estatais para projetos de infraestrutura reacenderam o alerta sobre investimentos ruins do passado. Com a economia em recessão e a Operação Lava Jato a pleno vapor, o rombo desses fundos chegou a R$ 155,9 bilhões em fevereiro de 2016, enquanto as fundações do setor privado seguiam no azul, segundo dados compilados pela consultoria Inside Pensions.

Atualizado pelo IPCA, índice oficial de inflação ao consumidor, o rombo equivaleria a R$ 238,73 bilhões de hoje. No primeiro trimestre deste ano, os fundos do setor privado fecharam com superávit de R$ 6,9 bilhões, enquanto os do setor público tiveram déficit de R$ 34,8 bilhões.

A discrepância é um sinal indireto da má gestão das fundações do setor público, que, em mais de uma ocasião, fizeram investimentos de qualidade duvidosa após sofrerem pressão política para investir em projetos de interesse dos governos da vez, explica Sérgio Brinckmann, sócio da Inside Pensions:

— Houve vários investimentos malfeitos, mal vendidos e que acabaram levando a prejuízos.

O governo exerce influência como controlador dos empregadores estatais, mas especialistas lembram que mesmo fundações previdenciárias do setor público são investidores institucionais privados, já que os recursos pertencem aos trabalhadores das empresas.

— O fundo de pensão tem que pagar os benefícios para os seus aposentados. É um investidor paciente? Sim, porque é um investidor de longo prazo, mas os investimentos são a forma de ele rentabilizar para pagar as pensões — diz Eliane Lustosa, membro do Conselho de Administração de algumas companhias abertas.

De 1999 ao fim de 2002, a executiva foi diretora da Petros, fundação previdenciária dos funcionários da Petrobras. Segundo a executiva, a ingerência política é histórica. Na primeira metade dos anos 1990, as entidades foram pressionadas a investir no programa de privatizações.

A partir dos governos do PT, líderes sindicais ganharam espaço no alto comando das fundações, que passaram a investir mais em concessões de infraestrutura e na indústria petrolífera. Assim, viram seus negócios serem atingidos pelos casos de corrupção revelados pela Lava-Jato. A Invepar, operadora de concessões controlada por Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros e Funcef (da Caixa), sofreu com os problemas da outra sócia da companhia, a construtora OAS.

Sete Brasil deu errado

Outro caso exemplar é o da Sete Brasil, empresa criada pela Petrobras para construir e operar plataformas de petróleo e gás. Envolvida no esquema de propinas, a empresa — que tinha como sócios a Previ, a Petros, a Funcef, a Valia (fundação da mineradora Vale) e os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander —terminou em recuperação judicial.

Com as investigações e os problemas financeiros da Petrobras, o negócio desandou. A petroleira estatal reduziu o número de plataformas encomendadas à Sete Brasil, que ainda ficou sem condições de tomar financiamentos para fazer seus investimentos.

Em 2016, a Operação Greenfield, da Polícia Federal (PF), apontou perdas de ao menos R$ 8 bilhões com supostas irregularidades em fundos de pensão, e comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) também se debruçaram sobre casos de má gestão.

A Greenfield foi encerrada em 2020 sem conclusão, após denúncias de abuso de autoridade, mas gerou 180 ações atualmente em curso na Justiça Federal de Brasília.

Os rombos levaram mais de um fundo de pensão a fazer planos de “equacionamento” — quando o déficit passa de determinados limites, é preciso ajustar; geralmente, isso inclui aportes extra por parte tanto do empregador e quanto dos beneficiários.

Um dos casos mais recentes é o da Postalis, fundação dos funcionários dos Correios. O plano de equacionamento de um rombo de R$ 15 bilhões foi firmado na virada do ano passado para este. A estatal vai desembolsar R$ 7,6 bilhões, parcelados em 30 anos, e quantia semelhante será arcada pelos participantes do fundo.

Aperto da governança

Depois dessa última leva de problemas, as fundações apertaram suas regras de governança, um filme já visto por Eliane Lustosa. A executiva conta que, na Petros, trabalhou na melhoria das regras de governança, mas a experiência dos anos seguintes mostrou que isso foi insuficiente.

Para a executiva, as regras são importantes, mas, sozinhas, não bastam. É preciso haver vigilância permanente sobre seu cumprimento — no caso dos fundos de pensão, especialmente, por parte dos trabalhadores participantes.

Outros executivos do setor ouvidos pelo GLOBO avaliam que o aperto nas regras pode evitar novos problemas. Um profissional com passagem pela Previ avalia que a fundação saiu ilesa porque sempre teve as melhores regras de governança.

Para Jarbas Biagi, presidente da Abrapp, que representa as fundações de Previdência complementar, a evolução da governança evitará a repetição dos problemas. O dirigente destaca avanços nos “processos” para colocar em prática regras que já existiam, na formação dos técnicos do setor e na autorregulação.

Mau humor do mercado turbina rombos

Os dados da Inside Pensions mostram o resultado do “equilíbrio técnico”, que leva em conta estimativas de gastos futuros com as aposentadorias e é afetado pelos vaivéns das cotações da Bolsa. Em momentos de crise e mau humor dos investidores, os rombos aumentam. Os déficits são afetados também pelo envelhecimento dos beneficiários, que implica mais gastos no futuro.

Mesmo assim, o rombo na virada de 2015 para 2016 foi superior ao registrado na crise causada pela pandemia de Covid-19, que também fez tombar as cotações na Bolsa em 2020, ressalta Brinckmann.

Também refletidas na Bolsa, as condições financeiras da economia são outro elemento importante nas decisões de investimento das fundações de Previdência complementar.

Os quase R$ 1,3 trilhão nas mãos delas poderiam financiar os investimentos em infraestrutura, como em outros países, mas o nível atual dos juros é um desincentivo para que os fundos de pensão embarquem em investimentos duvidosos, ressaltaram executivos e especialistas ouvidos pelo GLOBO.

Com a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano e títulos pré-fixados do Tesouro pagando em torno de 6% ao ano acima da inflação fica difícil para os gestores das fundações justificarem investimentos alternativos.

Os títulos públicos são sempre considerados os investimentos de menor risco da economia, que servem de referência mínima para a rentabilidade de todos os outros.

— Vamos pensar em risco-retorno. (Nos títulos públicos) Temos liquidez, solvência, segurança e a rentabilidade. Se isso aqui está dentro da minha projeção (de retorno futuro), por que eu vou entrar num outro investimento? — questiona Biagi, da Abrapp.

Sem fiador? Consignação em folha como garantia locatícia para servidores é vetada no Rio

O governador Cláudio Castro (PL) vetou integralmente o Projeto de Lei nº 1239-A/2023, de autoria do deputado Tande Vieira (PP), que autorizava o Poder Executivo a disponibilizar, para servidores públicos estaduais efetivos, aposentados e pensionistas, a possibilidade de oferecer a consignação em folha como garantia locatícia. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

O governador ressaltou que o projeto trata de uma regulamentação que é competência exclusiva da União e que o Estado do Rio de Janeiro não pode criar uma nova modalidade de garantia locatícia. Segundo Castro, a tentativa de regular a consignação em folha como garantia locatícia implicaria em uma usurpação da competência legislativa federal.

A legislação vigente sobre locações, a Lei nº 8.245 de 1991, conhecida como Lei do Inquilinato, prevê de forma taxativa as modalidades de garantia que podem ser utilizadas em contratos de locação, sendo elas caução, fiança, seguro de fiança locatícia e cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. A consignação em folha de pagamento não está entre essas modalidades.

Aposentados e pensionistas ficariam de fora

Outro ponto apontado pelo governador é que o projeto prevê que a consignação em folha seja válida apenas para servidores remunerados pelo Poder Executivo, o que não inclui aposentados e pensionistas. Esses grupos recebem seus benefícios pelo Rioprevidência, e não diretamente pelo Estado, inviabilizando a concessão da garantia para esses servidores, mesmo que o projeto fosse aprovado.

Impacto financeiro

Castro também argumentou que a proposta criaria obrigações financeiras e administrativas adicionais para o Estado, como a necessidade de publicações remuneradas no Diário Oficial para fixação de validade das garantias consignadas.

Tais despesas não foram acompanhadas de uma análise do impacto financeiro, o que, segundo o governador, representaria um ônus desnecessário para os cofres públicos, especialmente em uma relação jurídica em que o Estado não tem ingerência.

Sem previsão

O governador lembrou ainda que o Decreto Estadual nº 25.547, de 1999, que regula as averbações facultativas em folha de pagamento, não contempla a consignação para fins de garantia locatícia. Segundo o decreto, apenas determinadas parcelas podem ser descontadas em folha, e a inclusão de uma nova modalidade exigiria uma reavaliação desse marco legal.

Saiba Mais:

Anitta reage à foto antes das plásticas em entrevista a programa dos EUA: ‘Pobrezinha, seios e nariz eram muito grandes’

Desfazer

Foto de nu frontal de Vera Fischer está à venda em exposição em São Paulo; veja!

Desfazer

Ex-UFC, Rony Jason disputa cinturão do maior evento de MMA da Croácia

Desfazer

Mais recente Próxima Por falta de vereadores, Câmara do Rio adia votação sobre reajuste do vale-refeição, fixado em R$ 12 há 12 anos