Encontro da Hotelaria desbrava fronteiras e chega a Olímpia (SP)

Encontro da Hotelaria desbrava fronteiras e chega a Olímpia (SP) (Foto: Divulgação)

O ENCONTRO DA HOTELARIA, um dos mais importantes eventos da hotelaria brasileira, promovido pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação – FBHA, nesta edição conta com o patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, e tem o apoio do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Região de São José do Rio Preto -SINHORES, da Associação Olimpiense de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes – AOHPBR, da Associação Comercial e Industrial de Olímpia – ACIO e da Prefeitura da Estância Turística de Olímpia.

Depois de percorrer dezesseis cidades mineiras: Belo Horizonte, Caxambu, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Ouro Preto, Montes Claros, Governador Valadares, Capitólio, Uberlândia, Monte Verde, Confins-BH Airport, Tiradentes, Brumadinho, Pouso Alegre, Sete Lagoas e Araxá, Olímpia foi escolhida para receber 24ª edição do evento. A primeira no Estado de São Paulo.

24° Encontro da Hotelaria e Gastronomia

O 24° ENCONTRO DA HOTELARIA E GASTRONOMIA está previsto para acontecer de 26 a 28 de junho, na Arena Olímpia Shows & Eventos. Para Marcos Valério Rocha, coordenador do escritório regional FBHA em Minas Gerais, idealizador e organizador do evento, “realizar a vigésima quarta edição em Olímpia, sendo a primeira no Estado de São Paulo, é um grande desafio, pois São Paulo é o maior e mais dinâmico mercado hoteleiro do Brasil, sendo ao mesmo tempo o maior destino do turismo de negócios além de maior mercado emissor do país. Concentra a maioria das sedes das grandes redes de hotéis nacionais e internacionais atuantes no país. Detém o maior parque hoteleiro do Brasil, onde Olímpia ocupa um lugar de destaque”.

O evento tem como objetivos: analisar os cenários hoteleiros e turísticos, aprimorar a gestão, avaliar procedimentos operacionais e as tendências do mercado. Nesse evento, haverá a participação de profissionais, técnicos, consultores, professores e palestrantes de reconhecida experiência e conhecimento; palestras e debates sobre temas da atualidade contribuirão para o desenvolvimento do setor, favorecendo a realização de novos negócios por meio de uma mostra de produtos e serviços, com a participação das mais importantes empresas fornecedoras atuantes no Brasil.

Nas próximas semanas esta coluna divulgará o “card” dos palestrantes e painelistas especialmente selecionados para este evento, que pela primeira vez desbrava fronteiras das Minas Gerais e chega ao estado de São Paulo, maior polo emissor brasileiro em todos os segmentos do turismo.

O público do 24º Encontro da Hotelaria será composto de empresários, executivos e profissionais dos principais hotéis, pousadas, resorts de Olímpia e de diversas cidades do Estado, também dirigentes sindicais, presidentes de entidades, agentes de viagens, turismólogos, fornecedores, representantes da administração pública municipal e estadual, além de consultores e jornalistas especializados.

O evento desde sua primeira edição em 2006, visa contribuir para a atualização e capacitação empresarial e profissional, análise do cenário atual e das tendências do mercado. Renomados profissionais, todos gestores de destacada atuação no mercado falarão sobre suas respectivas visões e propostas de soluções para o crescimento sustentável do setor hoteleiro e gastronômico nos próximos anos.

Olímpia – parques aquáticos mais visitados do mundo

A cidade cujas origens remontam sitiantes vindos exatamente de Minas Gerais, completou neste domingo (2 de março) 122 anos. Quando fundada em 1903, era apenas uma colônia agrícola e neste espaço de tempo se transformando em um dos maiores polos turísticos do país, impulsionado em especial pelo crescimento do setor hoteleiro e dos citados parques aquáticos. De terras férteis a uma das referências nacionais do turismo, a trajetória do município reflete o desenvolvimento econômico, inovação e investimentos estruturais que consolidaram Olímpia como Estância Turística.

Desde sua fundação, Olímpia se destacou pela produção agrícola. A cultura do café, predominante no início do século XX, abriu caminho para a pecuária e, depois, para o cultivo de cana de açúcar.

Depois veio a laranja, daí a origem do nome do primeiro parque aquático: Thermas dos Laranjais nos anos 80. A vanguarda da modernização da lavoura e o fortalecimento da agroindústria impulsionaram a economia local, criando as bases para um destino em constante crescimento. Paralelamente ao agro, o município investiu em infraestrutura e planejamento urbano, resultando em melhorias significativas em áreas de saúde, educação e transporte. Essas iniciativas foram essenciais para a diversificação dos modais econômicos preparando Olimpia para um novo virtuoso ciclo de desenvolvimento: O Turismo.

Com o sucesso do Parque Thermas dos Laranjais o visionário empresário local, Benito Benatti reuniu seus sócios e investiu em novas atrações criando assim um destino turístico pulsante que trouxe consigo investidores do setor de hotelaria. Um após o outro começaram a surgir os grandes resorts e outros atrativos de lazer. O crescimento do turismo culminou com o surgimento do Hot Beach que a partir daí consolidou o destino como referência no setor.

Depois do Thermas e a chegada em peso da hotelaria foi preciso oficializar este “boom”. O reconhecimento aconteceu em 2014 quando a cidade foi elevada a categoria de Estância Turística resultado dos esforços comuns e harmônicos dos governos municipal e estadual. Esse status garantiu novos recursos e benefícios fiscais para robustos investimentos o que propiciou o crescimento da rede hoteleira, melhorias na mobilidade urbana e expansão dos muitos atrativos turísticos.

A evolução fez Olimpia atingir um novo patamar como primeiro destino a receber a denominação de Distrito Turístico do Estado de São Paulo, consolidando-se como um dos principais polos do país. Em 2021 era inaugurado o maior resort do país, o Solar das Águas Thermas Resort.

Situada na Região Metropolitana de São José do Rio Preto que compõe um total de 37 municípios cujo planejamento estratégico é totalmente integrado. Dos iniciais 709 leitos em 2009, Olimpia disponibiliza hoje um total de 32.680 leitos distribuídos entre resorts, hotéis, pousadas e casas de aluguel por temporada.

Em 2024 o destino recebeu 5 milhões de visitantes representado um aumento de 23% em relação ao ano anterior. No total são 9 resorts, 18 hotéis, 4 flats, 50 pousadas e cerca de 500 casas de locação por temporada com RHC (Registro de Hospedagem Caseira).

Desta forma o turismo responde hoje por 65% da movimentação econômica do município impactando fortemente na geração de empregos em toda região. Este ano como o pródigo calendário de feriados Olimpia estima obter novo crescimento em todos os seus indicadores chegando a 6 milhões de visitantes.

A construção do Aeroporto Internacional do Norte Paulista, em Olimpia, representa um novo marco para o desenvolvimento da cidade e toda região. Com investimentos acima de 100 milhões de Reais a obra será executada pela Infraero e deve ser concluída até meados do ano que vem consolidando Olimpia definitivamente como um dos principais polos turísticos e econômicos do interior paulista.

Localizado a cerca de 20 kms do centro da cidade o aeroporto possibilitará pousos e decolagens de aeronaves de grande porte, um terminal de passageiros moderno, áreas de embarque e desembarque e espaços de apoio ao turista. A expectativa é operar até 1 milhão de passageiros por ano o que será uma mola propulsora para a atividade hoteleira, comércio e serviços.

SAVE THE DATE > 24 a 26 de Junho. Estaremos lá!

“Neste aniversário de 122 anos, Olímpia celebra não apenas sua história, mas também um futuro promissor, onde turismo, desenvolvimento e qualidade de vida seguirão caminhando lado a lado”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

Instagram: mvsluys e-mail: mvsluys@gmail.com WhatsApp: (31) 98756-3754

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EUA estão a caminho de uma recessão?

Durante sua campanha eleitoral no ano passado, Donald Trump prometeu aos americanos que conduziria seu país para uma nova era de prosperidade.

Dois meses depois da posse, no entanto, ele pinta um quadro levemente diferente.

Trump afirmou que será difícil reduzir os preços e que o público deve se preparar para “pequenas perturbações” até que ele possa trazer de volta a riqueza para os Estados Unidos.

Paralelamente, os últimos números indicam que a inflação está caindo, mas os analistas afirmam que as possibilidades de recessão estão aumentando, devido a políticas do presidente.

Afinal, Trump estaria a ponto de deflagrar a recessão da maior economia do mundo?

Aço e alumínio são primeiras indústrias alvo de tarifas no segundo mandato de Trump

Queda dos mercados e aumento dos riscos de recessão

Nos Estados Unidos, a recessão é definida como um declínio prolongado e generalizado da atividade econômica. Ela é tipicamente caracterizada por um salto do desemprego e queda da renda.

Diversos analistas econômicos vêm alertando nos últimos dias que os riscos deste cenário estão aumentando.

Um relatório do banco americano JP Morgan calculou a possibilidade de recessão no país em 40%, acima dos 30% estimados no início deste ano. Ele alerta que a política dos Estados Unidos está “se afastando do crescimento”.

Já o economista-chefe da Moody’s Analytics, Mark Zandi, elevou esta possibilidade de 15% para 35%, mencionando as tarifas de importação (Trump impôs tarifa de 25% sobre importação de alumínio e aço).

Estas previsões vieram ao mesmo tempo em que o índice S&P 500, que acompanha 500 das maiores empresas dos Estados Unidos, despencou abruptamente. Agora, ele caiu para o seu menor nível desde setembro do ano passado, em um sinal de receio sobre o futuro.

O presidente impôs novas tarifas sobre produtos dos três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos

O presidente impôs novas tarifas sobre produtos dos três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos e lançou ameaças ainda mais amplas.

Os analistas acreditam que estas medidas irão aumentar os preços e restringir o crescimento da economia do país.

Por enquanto, no entanto, os números mais recentes da inflação oficial americana demonstram que os aumentos de preços perderam velocidade em fevereiro.

Os preços subiram 2,8% nos últimos 12 meses até fevereiro, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Este índice é menor que os 3% registrados em janeiro.

Ainda assim, Trump e seus consultores econômicos vêm alertando o público para se preparar para alguma dificuldade econômica, embora aparentemente rejeitem as preocupações do mercado.

Esta é uma notável mudança em relação ao seu primeiro mandato (2017-2021), quando o presidente mencionava frequentemente o mercado de ações como medida do seu próprio sucesso.

“Sempre haverá mudanças e ajustes”, declarou ele na semana passada, em resposta aos apelos das empresas por maior segurança. Esta postura aumentou o receio dos investidores sobre seus planos.

O banco de investimentos Goldman Sachs elevou na semana passada sua estimativa da possibilidade de recessão, de 15% para 20%. A empresa declarou que considera as mudanças de políticas como o “principal risco” para a economia, mas ressaltou que a Casa Branca ainda tem “a opção de recuar, se os riscos de recessão começarem a parecer mais sérios”.

“Se a Casa Branca permanecer comprometida com suas políticas, mesmo frente a dados muito piores, o risco de recessão irá aumentar ainda mais”, alertam os analistas da empresa.

Os preços nos EUA subiram 2,8% nos últimos 12 meses até fevereiro

Tarifas, incertezas e crescimento lento

Para muitas companhias, a principal interrogação são as tarifas de importação, que aumentam os custos para as empresas americanas.

À medida que Trump apresenta seus planos de tarifas, muitas empresas, agora, enfrentam margens de lucro menores. Elas estão postergando investimentos e contratações, enquanto tentam imaginar como será o futuro.

Os investidores também se preocupam com os grandes cortes de mão de obra do governo e dos gastos governamentais.

O chefe de estratégia política de Washington do banco de investimentos Stifel, Brian Gardner, afirma que as empresas e os investidores haviam imaginado que as tarifas de importação pretendidas por Trump seriam uma ferramenta de negociação.

“Mas o que o presidente e seu gabinete estão sinalizando, na verdade, é algo muito maior”, explica ele. “É uma reestruturação da economia americana. E isso é o que está conduzindo os mercados nas últimas duas semanas.”

O alto custo da moradia também tem afetado os americanos

A economia dos Estados Unidos já enfrentava uma retração. Ela foi causada, em parte, segundo analistas, pelo Banco Central americano, que manteve as taxas de juros mais altas para tentar refrear a atividade econômica e estabilizar os preços.

Mas, nas últimas semanas, surgiram dados que indicam um enfraquecimento mais rápido.

As vendas no varejo caíram em fevereiro, bem como a confiança – que havia disparado após a eleição de Trump, em diversas pesquisas entre empresas e consumidores. E as empresas alertam sobre um recuo das atividades, incluindo as principais linhas aéreas, os fabricantes e varejistas, como o Walmart e a Target.

Alguns analistas receiam que a queda do mercado de ações poderá gerar uma repressão ainda maior dos gastos, especialmente entre as residências de renda mais alta.

Esta redução poderá trazer um golpe importante para a economia americana, que é dirigida pelos gastos dos consumidores. Ela passou a ser cada vez mais dependente dos domicílios mais ricos, já que as famílias de baixa renda enfrentam a pressão da inflação.

O presidente do Federal Reserve (o Banco Central americano), Jerome Powell, ofereceu garantias em um discurso na semana passada. Ele destacou que o sentimento não foi um bom indicador de comportamento nos últimos anos.

“Apesar dos altos níveis de incerteza, a economia dos Estados Unidos continua em boa posição”, segundo ele.

Mas a economia americana, atualmente, está profundamente ligada ao resto do mundo, como alerta a diretora de pesquisas da corretora global XTB, Kathleen Brooks.

Para ela, “o fato de que as tarifas podem causar prejuízos, ao mesmo tempo em que há sinais de que a economia americana está se enfraquecendo de qualquer forma… realmente alimenta o temor de recessão”.

Bolsa de valores à espera de ajustes

A incerteza do mercado de ações não é atribuída apenas a Donald Trump.

Os investidores já estavam inquietos com a possibilidade de correções, após os altos ganhos dos últimos dois anos. Eles foram causados pela forte corrida pelas ações de tecnologia, alimentada pelo otimismo dos investidores com a inteligência artificial (IA).

O fabricante de chips Nvidia, por exemplo, viu o preço de suas ações saltar de menos de US$ 15 (cerca de R$ 87), no início de 2023, para cerca de US$ 150 (cerca de R$ 870) em novembro do ano passado.

Este tipo de aumento gerou discussões sobre uma “bolha da IA”, com os investidores em total alerta em busca de sinais do seu rompimento – o que causaria grandes impactos sobre o mercado de ações, independentemente da dinâmica da economia como um todo.

Agora, com as opiniões mais sombrias sobre a economia americana, está cada vez mais difícil manter o otimismo sobre a IA.

O analista de tecnologia Gene Munster, da empresa Deepwater Asset Management, escreveu recentemente nas redes sociais que seu otimismo “deu um passo atrás”, pois as possibilidades de recessão aumentaram “sensivelmente” no último mês.

“O resultado é que, se entrarmos em recessão, será extremamente difícil dar continuidade à comercialização da IA”, alertou ele.

Investidores apelam aos EUA contra elevação da taxa de importação

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) alertou o governo norte-americano, dos riscos da elevação de tarifas para a sua economia. Em um documento de 15 páginas, enviado, nesta semana, para o escritório de representação comercial da Casa Branca (USTR, na sigla em inglês), destaca o potencial negativo que a imposição de uma nova tarifa contra o Brasil poderia causar para as empresas norte-americanas.

A Amcham destaca que o Brasil foi um dos poucos países do G20 — grupo que reúne as principais economias do mundo — a manter um superavit comercial duradouro com os EUA. Em 2024, o resultado foi positivo para os norte-americanos em US$ 7,4 bilhões. “Entre 2023 e 2024, o superavit comercial dos EUA com o Brasil registrou o maior aumento entre os principais parceiros dos EUA, avançando 31,9%”, destaca o documento.

Os dados são da própria Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC, na sigla em inglês), que levanta as estatísticas do setor no país. Entre os principais parceiros comerciais dos EUA, apenas a Austrália e o Reino Unido tiveram deficits maiores com o país em relação ao Brasil. A nível de comparação, a Índia e a China, que são citadas frequentemente como países que mais aplicam tarifas de importação para produtos norte-americanos, tiveram superavits de US$ 45,7 bilhões e US$ 295,4 bilhões com os EUA em 2024, respectivamente.

A posição oficial da Amcham, que representa mais de 3,5 mil companhias que investem nos dois países, foi enviada diretamente ao representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, que se reuniu recentemente, de maneira virtual, com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o chanceler Mauro Vieira, do Ministério de Relações Exteriores (MRE). Para ambas as partes, as conversas foram positivas e o objetivo do governo brasileiro é chegar a um entendimento com o país norte-americano por meio da negociação, sem utilizar de retaliações.

Negociações

Ontem, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e do Itamaraty se reuniram novamente com Greer e sua equipe em videoconferência, desta vez, sem a participação de Alckmin, que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Sorocaba (SP), para a entrega de uma nova frota de ambulâncias pelo Sistema Único de Saúde.

O vice-presidente, no entanto, manifestou-se, no dia anterior, sobre as conversas com os Estados Unidos para reverter o imposto de 25% sobre a importação de aço e alumínio. Para o vice-presidente, a medida é considerada pelo governo brasileiro como “equivocada” e destacou a possibilidade de retaliação neste momento. “Nós entendemos que o caminho não é “olho por olho”. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego. Comércio interior é ganha-ganha”, disse o vice, na ocasião. Atualmente, o único imposto aprovado pelos EUA que impacta diretamente o Brasil é o de aço e alumínio, que vigora desde o último dia 12. O setor mantém conversas com o governo brasileiro para tentar encontrar uma resolução por vias diplomáticas.

Cautela

Na avaliação da especialista em Comércio Internacional da BMJ Consultores Associados Mônica Rodriguez, a negociação na mesa é o melhor caminho para evitar que a guerra comercial se intensifique entre os dois países.

“O Brasil também deve repensar em até que ponto pode reduzir um pouco as alíquotas que são aplicadas para determinados produtos que vão para os Estados Unidos, que a gente tem esse fluxo comercial com esse país e de que forma pode reduzir aqui para que não seja elevado, nessa envergadura como o Donald Trump está prometendo, para não prejudicar as nossas exportações”, considera.

Caso haja uma retaliação futuramente, a especialista avalia que esse movimento pode fazer com que o Brasil busque outros parceiros. “Pode ser que, enquanto a gente não consegue encontrar um outro parceiro comercial que faça essa aquisição, os preços de alguns dos itens que seriam exportados para os Estados Unidos fiquem mais baixos no Brasil. Sempre vai ter alguma coisa positiva, claro. Mas a ideia é que se possa negociar”, complementa Rodriguez.

Encontro da Hotelaria desbrava fronteiras e chega a Olímpia (SP)

Encontro da Hotelaria desbrava fronteiras e chega a Olímpia (SP) (Foto: Divulgação)

O ENCONTRO DA HOTELARIA, um dos mais importantes eventos da hotelaria brasileira, promovido pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação – FBHA, nesta edição conta com o patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, e tem o apoio do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Região de São José do Rio Preto -SINHORES, da Associação Olimpiense de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes – AOHPBR, da Associação Comercial e Industrial de Olímpia – ACIO e da Prefeitura da Estância Turística de Olímpia.

Depois de percorrer dezesseis cidades mineiras: Belo Horizonte, Caxambu, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Ouro Preto, Montes Claros, Governador Valadares, Capitólio, Uberlândia, Monte Verde, Confins-BH Airport, Tiradentes, Brumadinho, Pouso Alegre, Sete Lagoas e Araxá, Olímpia foi escolhida para receber 24ª edição do evento. A primeira no Estado de São Paulo.

24° Encontro da Hotelaria e Gastronomia

O 24° ENCONTRO DA HOTELARIA E GASTRONOMIA está previsto para acontecer de 26 a 28 de junho, na Arena Olímpia Shows & Eventos. Para Marcos Valério Rocha, coordenador do escritório regional FBHA em Minas Gerais, idealizador e organizador do evento, “realizar a vigésima quarta edição em Olímpia, sendo a primeira no Estado de São Paulo, é um grande desafio, pois São Paulo é o maior e mais dinâmico mercado hoteleiro do Brasil, sendo ao mesmo tempo o maior destino do turismo de negócios além de maior mercado emissor do país. Concentra a maioria das sedes das grandes redes de hotéis nacionais e internacionais atuantes no país. Detém o maior parque hoteleiro do Brasil, onde Olímpia ocupa um lugar de destaque”.

O evento tem como objetivos: analisar os cenários hoteleiros e turísticos, aprimorar a gestão, avaliar procedimentos operacionais e as tendências do mercado. Nesse evento, haverá a participação de profissionais, técnicos, consultores, professores e palestrantes de reconhecida experiência e conhecimento; palestras e debates sobre temas da atualidade contribuirão para o desenvolvimento do setor, favorecendo a realização de novos negócios por meio de uma mostra de produtos e serviços, com a participação das mais importantes empresas fornecedoras atuantes no Brasil.

Nas próximas semanas esta coluna divulgará o “card” dos palestrantes e painelistas especialmente selecionados para este evento, que pela primeira vez desbrava fronteiras das Minas Gerais e chega ao estado de São Paulo, maior polo emissor brasileiro em todos os segmentos do turismo.

O público do 24º Encontro da Hotelaria será composto de empresários, executivos e profissionais dos principais hotéis, pousadas, resorts de Olímpia e de diversas cidades do Estado, também dirigentes sindicais, presidentes de entidades, agentes de viagens, turismólogos, fornecedores, representantes da administração pública municipal e estadual, além de consultores e jornalistas especializados.

O evento desde sua primeira edição em 2006, visa contribuir para a atualização e capacitação empresarial e profissional, análise do cenário atual e das tendências do mercado. Renomados profissionais, todos gestores de destacada atuação no mercado falarão sobre suas respectivas visões e propostas de soluções para o crescimento sustentável do setor hoteleiro e gastronômico nos próximos anos.

Olímpia – parques aquáticos mais visitados do mundo

A cidade cujas origens remontam sitiantes vindos exatamente de Minas Gerais, completou neste domingo (2 de março) 122 anos. Quando fundada em 1903, era apenas uma colônia agrícola e neste espaço de tempo se transformando em um dos maiores polos turísticos do país, impulsionado em especial pelo crescimento do setor hoteleiro e dos citados parques aquáticos. De terras férteis a uma das referências nacionais do turismo, a trajetória do município reflete o desenvolvimento econômico, inovação e investimentos estruturais que consolidaram Olímpia como Estância Turística.

Desde sua fundação, Olímpia se destacou pela produção agrícola. A cultura do café, predominante no início do século XX, abriu caminho para a pecuária e, depois, para o cultivo de cana de açúcar.

Depois veio a laranja, daí a origem do nome do primeiro parque aquático: Thermas dos Laranjais nos anos 80. A vanguarda da modernização da lavoura e o fortalecimento da agroindústria impulsionaram a economia local, criando as bases para um destino em constante crescimento. Paralelamente ao agro, o município investiu em infraestrutura e planejamento urbano, resultando em melhorias significativas em áreas de saúde, educação e transporte. Essas iniciativas foram essenciais para a diversificação dos modais econômicos preparando Olimpia para um novo virtuoso ciclo de desenvolvimento: O Turismo.

Com o sucesso do Parque Thermas dos Laranjais o visionário empresário local, Benito Benatti reuniu seus sócios e investiu em novas atrações criando assim um destino turístico pulsante que trouxe consigo investidores do setor de hotelaria. Um após o outro começaram a surgir os grandes resorts e outros atrativos de lazer. O crescimento do turismo culminou com o surgimento do Hot Beach que a partir daí consolidou o destino como referência no setor.

Depois do Thermas e a chegada em peso da hotelaria foi preciso oficializar este “boom”. O reconhecimento aconteceu em 2014 quando a cidade foi elevada a categoria de Estância Turística resultado dos esforços comuns e harmônicos dos governos municipal e estadual. Esse status garantiu novos recursos e benefícios fiscais para robustos investimentos o que propiciou o crescimento da rede hoteleira, melhorias na mobilidade urbana e expansão dos muitos atrativos turísticos.

A evolução fez Olimpia atingir um novo patamar como primeiro destino a receber a denominação de Distrito Turístico do Estado de São Paulo, consolidando-se como um dos principais polos do país. Em 2021 era inaugurado o maior resort do país, o Solar das Águas Thermas Resort.

Situada na Região Metropolitana de São José do Rio Preto que compõe um total de 37 municípios cujo planejamento estratégico é totalmente integrado. Dos iniciais 709 leitos em 2009, Olimpia disponibiliza hoje um total de 32.680 leitos distribuídos entre resorts, hotéis, pousadas e casas de aluguel por temporada.

Em 2024 o destino recebeu 5 milhões de visitantes representado um aumento de 23% em relação ao ano anterior. No total são 9 resorts, 18 hotéis, 4 flats, 50 pousadas e cerca de 500 casas de locação por temporada com RHC (Registro de Hospedagem Caseira).

Desta forma o turismo responde hoje por 65% da movimentação econômica do município impactando fortemente na geração de empregos em toda região. Este ano como o pródigo calendário de feriados Olimpia estima obter novo crescimento em todos os seus indicadores chegando a 6 milhões de visitantes.

A construção do Aeroporto Internacional do Norte Paulista, em Olimpia, representa um novo marco para o desenvolvimento da cidade e toda região. Com investimentos acima de 100 milhões de Reais a obra será executada pela Infraero e deve ser concluída até meados do ano que vem consolidando Olimpia definitivamente como um dos principais polos turísticos e econômicos do interior paulista.

Localizado a cerca de 20 kms do centro da cidade o aeroporto possibilitará pousos e decolagens de aeronaves de grande porte, um terminal de passageiros moderno, áreas de embarque e desembarque e espaços de apoio ao turista. A expectativa é operar até 1 milhão de passageiros por ano o que será uma mola propulsora para a atividade hoteleira, comércio e serviços.

SAVE THE DATE > 24 a 26 de Junho. Estaremos lá!

“Neste aniversário de 122 anos, Olímpia celebra não apenas sua história, mas também um futuro promissor, onde turismo, desenvolvimento e qualidade de vida seguirão caminhando lado a lado”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

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Lago artificial em ‘resort’ de traficante Peixão custaria R$ 1 milhão para ser construído legalmente

Seja visto do alto ou de perto, era impossível ignorar o chamado “oásis” de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, líder do Terceiro Comando Puro (TCP). O complexo de luxo, batizado de Resort Green, foi erguido às margens da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, entre os bairros de Vigário Geral e Parada de Lucas. O espaço, construído com dinheiro do crime, não servia apenas para lazer do criminoso, mas também como palco de festas e shows privados organizados pelo tráfico. O “resort” contava com piscina, área gourmet, coqueiros e um lago artificial repleto de carpas coloridas avaliadas em R$ 80 mil. Havia ainda uma piscina particular e um amplo espaço para eventos. O luxo da construção de Peixão lembra a estrutura do lago artificial do jogador Neymar em Mangaratiba, que, por questões ambientais, resultou em uma multa milionária de R$ 16 milhões.

Especialistas em paisagismo consultados pelo O Globo estimam que, se construído legalmente, apenas o lago artificial de 300 metros quadrados teria um custo aproximado de R$ 1 milhão. Já a manutenção mensal, que inclui filtragem da água, reposição de mantas acrílicas, areia e alimentação dos peixes, custaria cerca de R$ 5 mil — o equivalente a R$ 60 mil por ano. Dependendo da quantidade de visitantes e do uso do espaço, esse valor poderia ser ainda maior.

Logo na entrada do imóvel, havia dezenas de palmeiras. Além do lago artificial na área de lazer, o espaço contava com uma espécie de guarda-sol feito de palha. Enquanto algumas casas da vizinhança sequer têm reboco nas paredes, a propriedade usada por Peixão possuía gramados nas laterais e jardins ao redor dos muros. Pedras naturais também eram usadas na decoração.

A ostentação do traficante fazia jus ao seu apelido. Peixão mantinha um cardume de mais de cem carpas de até 120 cm de comprimento nadando em águas cristalinas. O investimento apenas nesses peixes foi estimado em R$ 80 mil. Para manter a qualidade da água e a estrutura do lago, sistemas de filtragem robustos variam entre R$ 1.000 a 1.500 por metro quadrado, enquanto um resort com o nível de acabamento visto na propriedade de Peixão poderia ultrapassar R$ 3.400 por metro quadrado. A Polícia Civil investiga se havia uma equipe responsável exclusivamente pela manutenção do lago a serviço do traficante.

Além da mansão, a operação policial também mirou outros bens do grupo criminoso. A chamada “academia do tráfico”, situada a cerca de 500 metros do resort, foi desativada. Os equipamentos de ginástica – todos decorados com a bandeira de Israel – foram avaliados em R$ 300 mil e removidos para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho.

O lago artificial, equipado com uma bomba para manter a água tratada, era extenso. Além dele, o quintal ainda contava com uma piscina, um minicampo de futebol e uma área coberta, onde ficava a churrasqueira.

Símbolo do poder paralelo instaurado pelo TCP na região, o “oásis” de Peixão ainda foi cenário de encontros românticos do traficante com sua companheira, conforme divulgado pela polícia. A demolição da mansão marca mais um golpe contra a estrutura de luxo financiada pelo tráfico, enquanto as operações continuam para enfraquecer a facção criminosa

6ª edição da revista Tendências do Turismo 2025 é lançada nesta sexta-feira (28)

6ª edição da revista Tendências do Turismo 2025 é lançada nesta sexta-feira (28) (Neste ano, pela primeira vez, o conteúdo conta com dados e análises técnicas sobre os fluxos turísticos doméstico e internacional previstos para o Brasil no Carnaval (Foto: Divulgação))

Para quem busca se atualizar sobre o setor de turismo e entender as principais movimentações do mercado, o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo e da Embratur, lançam nesta sexta-feira (28) a nova edição da revista eletrônica Tendências do Turismo 2025. Com mais de 60 páginas de conteúdo informativo e analítico, a publicação sintetiza as 19 tendências mais citadas por publicações internacionais para o turismo mundial em 2025, que revelam as principais mudanças no setor e no comportamento dos viajantes mundiais. Neste ano, pela primeira vez, o conteúdo conta com dados e análises técnicas sobre os fluxos turísticos doméstico e internacional previstos para o Brasil no Carnaval, no verão e ao longo do ano de 2025.

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No mercado nacional, estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina lideram as buscas, com cidades como Porto Alegre, Curitiba, Foz do Iguaçu e Florianópolis ganhando cada vez mais destaque. A publicação mostra o Rio de Janeiro como o destino mais procurado por turistas internacionais para o período do Carnaval, enquanto Florianópolis e Foz do Iguaçu se destacam com os maiores crescimentos nas reservas, registrando crescimento de 25% e 21%, respectivamente. Santa Catarina consolidou-se como o terceiro maior destino para o feriado festivo, demonstrando tendência de diversificação no turismo carnavalesco brasileiro.

De acordo com o ministro do Turismo, Celso Sabino, a nova publicação servirá de bússola para indicar caminhos para o turismo do Brasil. “Em um mundo em constante transformação, a capacidade de antecipar e compreender as tendências é o que separa o sucesso de uma estratégia da estagnação. Portanto, essa revista funciona como uma bússola na indicação de caminhos que levam à diversificação da oferta turística no Brasil, contribuindo para a estratégia do governo federal de fortalecimento do setor e na geração de emprego e renda para a população”, destaca Sabino.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, reforça que os dados e as tomadas de decisões baseadas em inteligência de mercado são marcas desta gestão e que a Revista Tendências é mais um produto para auxiliar gestores e empreendedores do turismo. “Investimos em parcerias nacionais e internacionais de compartilhamento de informações para organizarmos um big data robusto, que hoje nos serve como farol preciso dos caminhos que devemos percorrer. Essa revista faz valer esse investimento, com dados que revelam, por exemplo, que o Brasil lidera as reservas de bilhetes para 2025 na América do Sul. E indica o caminho que os turistas estão trilhando, as mudanças nos hábitos, nos padrões de consumo e nas expectativas dos viajante”.

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A análise realizada abordou os fluxos dos residentes no Brasil em viagens domésticas. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, até mesmo por terem as maiores populações do país, seguem como líderes absolutos, aparecendo no topo de quase todas as listas de buscas e reservas. Cuiabá e Gramado, por sua vez, foram os que mais cresceram em tráfego digital.

No cenário internacional, observa-se um crescimento expressivo no interesse de turistas argentinos e chilenos, enquanto Estados Unidos e Portugal mantêm alta demanda de pesquisas sobre destinos brasileiros. O Brasil lidera as reservas de bilhetes para 2025 na América do Sul, impulsionado pelos mercados latino e norte-americano. Vale destacar o forte incremento observado nos mercados argentino e chileno. Destinos litorâneos como Balneário Camboriú, Bombinhas, Búzios, Florianópolis, Porto Seguro e Maceió estão com tendência de alta. Em 2024, Florianópolis apresentou o maior crescimento tanto em buscas quanto em emissões de passagens.

Publicação

A revista não se limita a 2025. Ela traz previsões até 2030 e 2040, baseadas em 32 publicações internacionais. Foram identificadas 19 tendências que estão revolucionando o setor, como a busca por experiências imersivas, conexões culturais autênticas e roteiros personalizados.

Para Celso Sabino, Ministro do Turismo, “a revista se consolida como uma bússola na indicação de caminhos que levam à diversificação da oferta turística no Brasil, contribuindo para a estratégia do governo federal de fortalecimento do setor e na geração de emprego e renda para a população. Afinal, em um mundo em constante transformação, a capacidade de antecipar e compreender as tendências é o que separa o sucesso de uma estratégia da estagnação”, disse.

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Presidente da Embratur, Marcelo Freixo destaca que o periódico se tornou referência para quem quer entender as tendências do setor e aproveitar as oportunidades que surgem. “A nova edição da Tendências do Turismo chega como uma ferramenta estratégica para o setor. Estamos diante de um momento em que os viajantes buscam mais do que destinos, querem experiências transformadoras. E o Brasil tem tudo para liderar esse movimento. Reunimos aqui 19 tendências, selecionadas de 32 publicações internacionais. A publicação também traz contribuição importante sobre as previsões de consultorias internacionais sobre o futuro do setor de viagens, inclusive considerando horizontes mais alargados”, destacou.

Os viajantes estão cada vez mais buscando experiências imersivas, valorizando conexões culturais autênticas e roteiros personalizados. O bem-estar e os propósitos pessoais também ganham espaço, assim como a busca por melhores custos-benefícios, o uso da tecnologia para aprimorar a experiência de viagem e um olhar mais atento para a sustentabilidade.

E o Brasil? O país está na mira das grandes tendências internacionais! Destinos brasileiros foram amplamente citados por publicações de renome, evidenciando que o turismo nacional segue em crescimento. A revista faz a ponte entre essas tendências e os destinos que mais se destacam, mostrando como o país está preparado para atender às novas demandas dos viajantes.

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Perspectivas

A revista evidencia como os projetos do Ministério do Turismo estão alinhados com as tendências do setor, impulsionando o desenvolvimento turístico nacional. A edição conta ainda com um artigo exclusivo de Richard Alves, especialista em estratégias para o setor, que destaca as oportunidades para potencializar os resultados de destinos e empresas turísticas com base nas tendências identificadas.

A Revista Tendências do Turismo 2025 está disponível para download gratuitamente e servirá como fonte para reportagens, estudos e estratégias de planejamento no setor de viagens e turismo. Para acessar a publicação completa, acesse este link.

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Policia derruba ‘Estrela de Davi’, símbolo utilizado pelo Peixão, do alto do Complexo de Israel

A Polícia retirou a Estrela de Davi do topo de uma caixa d’água no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio. O símbolo, utilizado pelo grupo criminoso liderado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, podia ser vista até da Linha Vermelha por quem passava pela via e era usada para ostentar o controle do tráfico no território. Nesta terça-feira, as polícias Civil e Militar realizam uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante. Durante a ação, os agentes também demoliram o “resort” de luxo do criminoso, construído irregularmente em uma área de preservação ambiental. O local contava com um lago artificial com areia de praia e carpas, um minicampo de futebol e uma área de lazer.

O “resort” do traficante ficava na região de Parada de Lucas. Logo na entrada do imóvel, havia dezenas de palmeiras. Além do lago artificial na área de lazer, o espaço contava com uma espécie de guarda-sol feito de palha. Enquanto algumas casas da vizinhança sequer têm reboco nas paredes, a propriedade usada por Peixão possuía gramados nas laterais e jardins ao redor dos muros. Pedras naturais também eram usadas na decoração.

A estrutura, comparada a um “oásis de luxo” pela polícia, possuía carpas no lago artificial, uma área com areia de praia e uma academia de ginástica. Os peixes foram retirados e serão levados para um criadouro.

O lago artificial, equipado com uma bomba para manter a água tratada, era extenso. Além dele, o quintal ainda contava com uma piscina, um minicampo de futebol e uma área coberta, onde ficava a churrasqueira.

O espaço também era usado para diversos shows e apresentações de DJs. Em material de divulgação, consta que as mulheres tinham entrada grátis e os homens pagavam R$ 30 para acessar o espaço.

Projeto social e resort

Antes de se chamar “Resort Green”, o local era identificado como uma área para projeto social. Até outubro do ano passado, havia uma placa na entrada do espaço indicando que ali funciona o “Projeto social da criança ao idoso” com nome de parlamentares. Segundo o delegado Moysés Santana, titular da DRE, tudo indica que houve um grande investimento de dinheiro do tráfico na construção o “resort”.

“Inicialmente, ele (Peixão) tentou dar um aspecto de legalidade, inclusive botou aqui antes uma placa de projeto social, com nomes de parlamentares. Os parlamentares foram ouvidos no curso do inquérito e negaram qualquer participação nesse espaço. Logo após ele mudou o nome para Resort Green (verde, em inglês) para tentar dar uma nova cara de legalidade”, afirmou ao Bom Dia Rio.

Santana informou que duas pessoas foram presas durante a ação: uma por tráfico de drogas e outra por receptação. Ele tentava deixar a comunidade com uma motocicleta roubada quando foi detido pelos agentes.

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Pesquisa aponta que 99% das residências do DF têm acesso a água e 95% a esgoto

O Distrito Federal ampliou os serviços de saneamento básico, com atendimento de água em 99% das moradias e o de esgoto em 95%, segundo dados recentes da Pesquisa Distrital Por Amostra de Domicílios (Pdad).

A pesquisa, elaborada a cada dois anos pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), apura dados de atendimento por rede, além de soluções alternativas, como poços e fossas. Os dados foram coletados de 24.845 domicílios, entre 1° de novembro de 2023 e 4 de outubro de 2024.

De 2019 a 2023, a Caesb construiu 45.205 novas ligações de água. Em 2024, o número total chegou a 791.404. Em relação ao esgoto, de 2019 a 2023 foram 75.276 novas ligações. E em 2024, o total da empresa chegou a 702.782

Modernização

A Caesb destinará R$ 3,2 bilhões entre 2025 e 2029 a trabalhos de modernização e expansão do sistema, levando água e esgoto a mais moradores. A iniciativa visa garantir que o DF continue avançando no saneamento.

O projeto Água Legal já recebeu R$ 8,5 milhões, beneficiando mais de 24 mil pessoas. A ação constroi redes de abastecimento em comunidades carentes e atendeu locais como a Fazendinha, no Sol Nascente, e o Dorothy Stang, em Planaltina.

A companhia também está à frente do projeto de Saneamento Integrado do Bairro Santa Luzia, na Estrutural, que receberá o investimento de R$ 85 milhões. O projeto terá a infraestrutura de rede de água, esgoto e energia elétrica e sistemas de drenagem e de coleta de lixo.

Economia cresceu 3,4% em 2024, mas desaceleração deste ano preocupa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comemoraram, nesta sexta-feira (7), nas redes sociais, o crescimento de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. Enquanto isso, entidades patronais enviaram nota demonstrando preocupação com a desaceleração da atividade econômica que já está contratada para 2025 e, provavelmente, para 2026.

“PIB crescendo é mais emprego e renda na mão dos brasileiros e das brasileiras. 2025 é o ano da colheita”, escreveu Lula em seu perfil do X, antigo Twitter. Na mesma rede, Alckmin festejou: “É o Pibão do presidente Lula! O Pibão da Nova Indústria Brasil!”, escreveu o ex-tucano, destacando a política voltada para a indústria nacional conduzida por ele frente ao Mdic e o avanço de 7,3% no investimento produtivo e garantiu que o país caminha para o crescimento sustentável.

A ministra do Planejamento, por sua vez, também festejou o resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas redes sociais, e destacou para o dado da renda per capita, que cresceu um pouco menos do que o PIB nacional, que somou R$ 11,7 trilhões. “Boa notícia! O PIB per capita do Brasil em 2024 foi de R$ 55.247,45. Cresceu 3% em termos reais. Isso equivale a R$ 4.604 por mês por habitante. Significa aumento da renda média do brasileiro. Agora é seguir avançando, combatendo a inflação para baratear o preço dos alimentos”, escreveu Tebet, no X.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi mais contido, cumpriu agenda da semana longe de Brasília e só se pronunciou sobre o PIB à noite. Em entrevista ao podcast Flow, único compromisso oficial ontem, ele afirmou que a pasta projeta crescimento de 2,5% neste ano, acima da última previsão oficial, de 2,3%.

Desaceleração

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com o processo de desaceleração do PIB no último trimestre do ano, que registrou variação de 0,2%, mas elogiou as medidas do governo para o setor produtivo. Para a instituição, esse resultado indica “um cenário de alerta para 2025” e ainda defendeu que o governo adote medidas para o equilíbrio econômico e que contribuam para a racionalidade dos gastos públicos. “Precisamos buscar o equilíbrio fiscal, com atenção às despesas, uma vez que a carga tributária já está no limite, principalmente para o setor industrial que é o mais sobrecarregado do país em relação a tributos”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, na nota.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) engrossou o coro e defendeu a adoção de uma reforma fiscal robusta para uma alocação mais eficiente dos recursos públicos. “Este é o primeiro passo para a construção de um Estado eficiente, com infraestrutura de qualidade e um ambiente de negócios favorável. Caso contrário, voltaremos à combinação perversa de crescimento mediano, alta inflação e juros elevados”, afirmou o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, no comunicado.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, também demonstrou preocupação com o processo de desaceleração da atividade. Ele lembrou que, apesar das previsões modestas no começo do ano passado por analistas e agentes econômicos, o resultado do PIB de 2024 foi robusto, “confirmando o bom desempenho da atividade econômica”, os dados mais recentes da economia, incluindo os do PIB 4º trimestre de 2024, “já mostram sinais mais claros de acomodação da atividade econômica”.

“É importante não perdermos de vista que temos de persistir no recuo dos impulsos fiscais por conta da necessidade imperiosa de fortalecermos o equilíbrio das contas públicas, condição para o Brasil alcançar patamares de juros estruturalmente menores”, defendeu Sidney.

Crescimento

A atividade econômica brasileira desacelerou no último trimestre de 2024, o que resultou em crescimento de 0,2% — menos da metade do esperado pelo mercado. Com esse resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país encerrou o ano com crescimento de 3,4% na comparação com 2023. Em valores nominais, o PIB, que é a soma de tudo o que o país produz em bens e serviços, chegou a R$ 11,7 trilhões.

O dado também ficou levemente abaixo das estimativas do mercado e do governo, que chegou a cogitar alta de até 3,7%, mas indica o melhor desempenho das contas nacionais desde 2021, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (7). De acordo com os dados do IBGE, os principais motores para o desempenho do PIB no ano passado vieram, do lado da oferta, dos serviços e da indústria, que cresceram 3,7% e 3,3%, respectivamente, em relação a 2023.

Enquanto isso, a agropecuária, que deu uma forte contribuição no PIB de 2023, encolheu -3,2%. A arrecadação de impostos cresceu 5,5% e ajudou a ampliar o valor adicionado de riquezas do país ampliando a participação no PIB de 14,5%, em 2023, para 16%, em 2024.

Consumo

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foram os principais destaques, com expansão de 4,8% e de 7,3%, respectivamente, na mesma base de comparação. Analistas lembram que a taxa de investimento, de 17% do PIB, cresceu em relação aos 16,4% do PIB registrados em 2023. Contudo, esse patamar ainda está abaixo dos índices acima de 20% do PIB computados entre 2009 e 2013.

De acordo com analistas, o aumento da renda das famílias, devido à melhora no mercado de trabalho, e estímulos fiscais, como o Bolsa Família parrudo e o aumento real no salário mínimo, são algumas das razões para que o consumo das famílias apresentasse o maior crescimento desde 2011. Mas, a escalada dos juros e a persistência da inflação fizeram esse indicador recuar 1% no 4º trimestre, acentuando o processo de desaceleração que deverá se estender para 2025, ano em que o PIB poderá crescer menos de 2%, conforme algumas estimativas.

“A economia está desacelerando e não podemos descartar queda de PIB no segundo semestre deste ano”, alertou a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria. Ela esperava alta de 0,4% do PIB de outubro a dezembro. “Esse PIB mais fraco mostra que a desaceleração é maior do que o esperado por conta da queda da demanda. Isso indica que o consumo das famílias e os investimentos tendem a ser mais fracos ao longo deste ano, como reflexo da política monetária e do mercado mais tenso devido à percepção de risco maior no cenário externo”, explicou.

“Esse cenário apenas está chancelando o movimento de aumento da Selic que vem sendo conduzido pelo Banco Central”, acrescentou. O BC vem elevando a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 13,25% ao ano e pode encerrar 2025 em 15%, segundo estimativas do mercado. A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), lembrou que, apesar do crescimento considerado forte do PIB em 2024, acima do crescimento potencial, isso vem contribuindo para a desancoragem das expectativas de inflação, que não param de ser revisadas para cima e seguem acima do teto da meta, de 4,5%.

Matos também reconheceu que o aumento de 4,8% do consumo das famílias em 2024 superou as estimativas e agora, haverá um cabo de guerra entre a política monetária e a política fiscal, se o governo resolver manter estímulos para evitar a desaceleração que está em curso. “O custo para conseguir reduzir a inflação tende a ser maior e vai ser um problema ao longo deste ano e do próximo, que tem as eleições presidenciais”, alertou. Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, é categórico ao avaliar o desempenho do PIB de 2024 e avalia que a desaceleração de 2025 está convergindo para uma alta do PIB entre 1,5% e 2%.

Como usar o saque do FGTS: quitar dívidas, criar reserva ou investir?

A Caixa Econômica Federal iniciou a liberação do saldo retido no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário na quinta-feira (6/3). A medida provisória, que autoriza o saque dos valores retidos para brasileiros que foram demitidos entre 2020 e fevereiro de 2025, terá o valor total liberado de R$ 12 bilhões para mais de 12 milhões de trabalhadores.

Para os saques de até R$ 3 mil, os recursos serão creditados diretamente na conta bancária cadastrada. Já quem tem direito ao saldo superior a R$ 3 mil, receberá o restante em uma segunda parcela a partir de 17 de junho.

Para os brasileiros que estão endividados, a melhor opção é quitar os débitos, conforme aconselha o especialista em finanças pessoais e investimentos, Renan Diego. De acordo com ele, essa é a melhor opção, já que os juros de uma dívida são sempre muito maiores do que os juros que você vai receber de um investimento.

No entanto, ele ressalta que existem dois tipos de dívida, a ruim e a boa. “A ruim é aquela em que você está negativado, quando não está conseguindo quitar as prestações, e em consequência acaba sujando o nome. Então, se é possível tirar o FGTS para finalizar esse débito, faça isso”, diz.

“Para quem tem um financiamento de um carro ou de uma casa, o que demora de 10 a 30 anos, e você consegue pagar todos os meses, essa é uma dívida boa, porque ela cabe no orçamento e é considerada uma despesa mensal”, indica Renan.

Ainda de acordo com o especialista, para os brasileiros negativados que buscam quitar as dívidas consideradas ruins, é recomendado procurar pelos Feirões Limpa-Nome, promovidos pela Serasa. “Vale ressaltar que só faz sentido utilizar o saque do FGTS se esse valor for o necessário para quitar a dívida por inteiro. Isso porque não faz sentido usar o benefício para pagar somente uma parcela da quantia, principalmente por conta dos juros”, afirma.

Outra dica para quem possui dívidas é iniciar o contato com as instituições que elas tenham essa pendência, informando que irão receber esse valor e que querem quitá-las de uma vez por todas. Mesmo que não tenha o valor total do débito, é interessante para as instituições financeiras zerarem a dívida, mesmo que seja por um valor mais descontado.

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Para o especialista em finanças, o planejamento financeiro também é fundamental. Com a construção de uma reserva de emergência uma segurança maior será proporcionada. Sem precisar, por exemplo, recorrer a empréstimos na hora do aperto, que sempre possuem juros muito altos. “Existe o padrão, o básico é que você tem uma reserva financeira e todo mundo precisa ter. Mas, cada pessoa tem um sonho e um desejo, com esse planejamento, é possível financiar um imóvel e quitá-lo o quanto antes”, destaca.

“O mesmo acontece com a compra de veículos, também há quem sonha em conhecer o mundo e sabemos que viagens internacionais também são caras, com a reserva é possível alcançar essa meta com um pouco mais de facilidade”, acrescenta.

Segundo Renan Diego, para quem não possui dívidas e já possui uma reserva financeira, e procura aplicar o saque do FGTS, há uma vasta cartela de opções de investimentos a depender do perfil do investidor.

É possível iniciar investimentos que têm uma liquidez diária, como Tesouro Selic, que é o investimento mais seguro do país, além de poder tirar o dinheiro a qualquer momento. “Se a pessoa já tem uma reserva, que já está em uma liquidez diária, já consegue tirar a qualquer momento, o segundo passo é começar a investir com foco na sua aposentadoria”, aconselha.

“Isso é possível através de investimentos de longo prazo, ou seja, que são atrelados ao IPCA. Como, por exemplo, Tesouro IPCA+, que protege o seu dinheiro contra a inflação e começa a colocar em fundos de investimento mobiliário”, acrescenta.