
O secretário estadual de Transportes e Mobilidade, Washington Reis, afirmou que deseja instituir uma tarifa única de R$ 4,70 para os transportes na Região Metropolitana do Rio. A intenção, segundo ele, é começar pelas barcas e trens e depois chegar ao metrô. Reis, porém, não explicou como vai viabilizar esse valor.
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O secretário acrescentou que, paralelamente à transição para operação dos trens urbanos — a Justiça aprovou, no começo de dezembro, o acordo celebrado entre o estado e a SuperVia para viabilizar a mudança na gestão do sistema — está preparando a licitação para a escolha de um novo operador. A intenção é que seja um sistema semelhante ao das barcas, em que o controle da operação fica nas mãos do estado.
Na transição da SuperVia para a gestão dos trens pelo estado, o administrador Cesar Ferraz Mastrangelo, ex-presidente da Agência Reguladora de Transportes (Agetransp), vai atuar como observador do poder público, na prática uma espécie de interventor, encarregado pelo estado de “orientar e acompanhar as decisões operacionais e financeiras da SuperVia durante o período de transição, previsto para durar de seis a nove meses”.
Nesta quarta-feira, os passageiros do ramal de Saracuruna enfrentaram sufoco para conseguir chegar ao trabalho. Até o começo da tarde, pelo menos cinco estações entre o Corte Oito, em Duque de Caixas, e Saracuruna, permaneciam fechadas. Para conseguir chegar ao seu destino, muita gente precisou caminhar nos trilhos e buscar outras formas de transportes, como ônibus e vans.
A concessionária informou que “por causa da falta de energia, às 6h05, trens do ramal Saracuruna vão circular somente entre a Central do Brasil e a Penha. Passageiros de um trem nas proximidades da estação Vigário Geral precisaram desembarcar na via com auxílio dos agentes da SuperVia. Técnicos da rede aérea já foram acionados para realizar os reparos necessários e investigar as causas do ocorrido”.
—Isso tudo é fruto de desmandos de vinte e poucos anos e a SuperVia não está fazendo a manutenção necessária. Sempre aconteceu isso. Hoje eu cobrei do presidente (da concessionária). Tem que fazer investimento. A gente está assumindo o serviço, se Deus quiser, até o meio do ano — afirmou Reis.
A Agetransp informou que está abrindo um processo para analisar a ocorrência desta quarta-feira, inclusive a distribuição do “Siga Viagem”. Em caso de descumprimento da resolução, poderá gerar penalidade à concessionária, informou.
Reis explicou que, embora o processo de transição tenha iniciado há cerca de dois meses, o controle da operação ainda está nas mãos da SuperVia, devendo passar ao estado somente em julho, se o período de transição não for estendido, como previsto por ele. Segundo Reis, no momento, o observador designado pelo Estado cumpre função meramente burocrática acompanhando., por exemplo, uma auditoria dos ativos e passivos do serviço de trens.
O acordo previa um investimento de R$ 300 milhões dos sofres públicos. Segundo o secretário a liberação é parceladamente e os recursos destinam-se a manutenção da operação dos serviços, podendo ser direcionados para pagamento de pessoal, energia e manutenção.
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