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HDMI wireless é uma tecnologia que tem como proposta transmitir áudio e vídeo de alta definição entre dispositivos compatíveis com o padrão sem o uso de fios. A novidade ainda engatinha, o que ajuda a explicar a existência de uma série de padrões diferentes e de dispositivos caros e de desempenho oscilante.Novo padrão HDMI vai permitir conexão com portas USB-C; entenda

A crescente demanda pode ajudar no amadurecimento do padrão que pode eliminar a necessidade de cabos de trnasmissão em alta definição no futuro. Entenda como o HDMI wireless funciona e veja se vale à pena investir

HDMI sem fios

O padrão HDMI que conhecemos é usado basicamente para a transmissão de áudio e vídeo em alta definição entre dispositivos usando cabos, assim, o usuário não precise instalar nada e nem configurar os dispositivos conectados.

A ideia por trás do HDMI sem fios é exatamente a mesma, com a diferença de dispensar o uso de cabos. A ideia é que você possa conectar seu computador à sua TV usando esse tipo de protocolo, dispensando completamente o uso de fios.

Como funciona?

Em linhas gerais, existem dois tipos de HDMI sem fio: um padrão, que depende de sinal Wi-Fi de um roteador comum, e outro que usa sinais wireless próprios. Nesse sentido, o aparelho pode ser compostos de transmissor/receptor, um para a TV e outro para o dispositivo de origem do sinal, ou então em um tipo de dongle semelhante ao Chromecast, cenário em que o sinal é transmitido pelo Wi-Fi da origem à TV/projetor.

Cada um pode ter suas vantagens e desvantagens.

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Quais as vantagens?

Além da óbvia vantagem de economizar nos cabos e acabar com a bagunça de fios para todos os lados, o HDMI wireless conta com vantagens interessantes que podem ser a resposta para problemas bem específicos.

Usando esse tipo de conexão sem fio, você pode transmitir conteúdo de áudio e vídeo de um lugar distante para um monitor, TV ou projetor sem precisar de metros e metros de cabos HDMI, algo que pode ser caro e ineficiente: afinal, quanto maior a extensão do fio, maior a perda de qualidade do sinal.

Um exemplo dessa aplicação seria transmitir a Netflix de um console de videogame localizado na sala para um televisor no quarto.

Outra vantagem do HDMI wireless é o uso quando todas as outras portas HDMI da TV estão ocupadas. Nesses casos, a interface sem fio serve como uma porta HDMI extra e, algo interessante para quem já tem uma grande quantidade de dispositivos conectados.

O dispositivo da Iogear, apresentado na foto, permite aumentar em cinco o número de portas HDMI disponíveis, atuando no modo 5×2: cinco origens de conteúdo HDMI podem ser conectadas a até dois televisores ou projetores, cobrindo um raio de 60 metros.

Desvantagens: a confusão de padrões

O grande problema do HDMI wireless atualmente é a salada de padrões rivais disponíveis. Existe o WHDI, que usa sinal de 5 GHz (mesma faixa dos roteadores, algo que o torna propenso a interferência), tem alcance de 30 metros e baixa latência, o que torna o padrão interessante para gamers. É suportado em dispositivos da Motorola, Lenovo, Samsung, LG e Sony.

Existe também o WirelessHD (ou UltraGig), que distribui sinal a 60 Hz, ideal para vídeo de alta qualidade e para jogos. Entretanto, o padrão de transmissão sem fio dessa tecnologia tem uma área de cobertura muito pequena, sendo obrigatório que os dispositivos estejam muito próximos, já que paredes e até móveis podem interromper o sinal. Panasonic, Samsung, Sony, Toshiba e LG oferecem suporte.

Por fim, há o 802.11ad (ou WiGig), que é estabelecido pela Wi-Fi Alliance, entidade global que define os padrões do Wi-Fi no mundo. Esse sinal tem alta frequência, a 60 Hz e pode transmitir até mesmo 4K sem fios. Entretanto, muito mais recente, sua adoção ainda é bem pequena.

Esses três padrões competem entre si e não são compatíveis uns com os outros. Isso significa que na busca por montar um sistema HDMI sem fio, o usuário precisa ter uma ideia muito clara daquilo que sua TV ou projetor pode fazer. A rigor, essa confusão só deve ser resolvida caso o WiGig ganhe popularidade ou se os responsáveis pela definição das especificações técnicas de operação do HDMI pelo mundo criarem um padrão único.

Outras desvantagens

O problema principal de uma solução HDMI wireless é o preço. No Brasil, essa tecnologia ainda é difícil de encontrar, mas os produtos disponíveis mostram bem as limitações do HDMI wireless na atualidade: o Dvdo Air, que pode ser encontrado por R$ 2.950, consiste num aparelho divido em um transmissor e um receptor: o transmissor ligado ao PC, por exemplo, e o receptor à TV e que podem transmitir por uma área de apenas 10 metros.

Para comparar, um cabo HDMI de 10 metros e de alta qualidade pode ser comprado por R$ 70, atualmente.

O Iogear demonstrado anteriormente, que cobre 60 metros, não é disponível no Brasil: nos Estados Unidos, o produto sai por US$ 699 (R$ 2.280, em conversão direta).

Outro problema típico desse tipo de tecnologia é a própria ausência de fios: transmissões wireless de qualquer tipo dependem de frequências de rádio para enviar e receber informação entre terminais, algo que está sujeito a interferências e instabilidades. Em geral, o HDMI wireless pode apresentar performance instável por conta dessa realidade, mais perceptível em tecnologias que dependam do sinal de um roteador Wi-Fi nas frequências de 5 GHz.

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Conclusão

O HDMI wireless é uma ideia que tem tudo para dar certo em alguns anos, já que o amadurecimento da tecnologia e a unificação de padrões difusos atuais em uma única forma de comunicação tendem a eliminar os principais defeitos da tecnologia, da mesma forma que a chegada do cabo HDMI tornou possível a transmissão de vídeo e áudio em HD dentro de casa.

Entretanto, quem vive ou trabalha em locais em que a extensão de cabos HDMI é completamente inviável pode considerar instalações com esses dispositivos. Para isso, é preciso ficar muito atento às especificações técnicas e aos modelos de operação dos dispositivos.

Fonte: TechTudo